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Operação Mensageiro: O maior escândalo político da história de Santa Catarina

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Dos 16 prefeitos alvos da Mensageiro, a maioria dos casos está em fase de apuração ou oitivas

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A Operação Mensageiro, que iniciou em dezembro de 2022, já investigou contratos em 20 cidades de Santa Catarina e teve 39 pessoas presas preventivamente.  Segundo a investigação, a Serrana Engenharia teria negociado acordos com prefeitos, secretários e diretores de prefeituras catarinenses para obter vantagens em contratos de transporte e coleta de lixo, além de serviços como iluminação pública.

A empresa combinava os valores e, em troca, conseguia incluir cláusulas que favorecessem a vitória dela em concorrências e licitações para esses serviços. Em alguns casos, pagamentos chegaram a ser negociados para a assinatura de aditivos ao contrato, elevando as quantias pagas pelos municípios à empresa.

Os valores de propina eram enviados aos municípios por meio de um empresário, chamado de “mensageiro”, que deu nome à operação. O controle das quantias pagas a prefeitos e secretários era feito por planilhas em um computador mantido na sala do diretor da empresa, apreendido na primeira fase da operação.


FASES DA OPERAÇÃO

A primeira fase da operação foi deflagrada ainda em 6 de dezembro de 2022, quando foram presos três prefeitos, porém, nenhum da comarca de Canoinhas. Entre os detidos estava o prefeito de Papanduva, Luiz Henrique Saliba (Progressistas). Além dele, foram presos Deyvisonn Souza, de Pescaria Brava e Antônio Rodrigues, de Balneário Barra do Sul. Os três já renunciaram ou tiveram o mandato declarado extinto pelas câmaras municipais. Atualmente, estão em liberdade mediante medidas cautelares.

Pouco depois, Marlon Neuber (PL), de Itapoá, foi detido após voltar de uma viagem que fazia à Itália. Ele também renunciou ao cargo e foi o primeiro e único prefeito condenado até o momento, com pena de 18 anos de prisão aplicada em julgamento no final de setembro. Ele cumpre a pena em regime fechado.

Em 2 de fevereiro, prefeito de Lages, Antônio Ceron, e o de Capivari de Baixo, Vicente Corrêa Costa, foram presos na segunda fase da Operação Mensageiro. Ao todo, quatro mandados de prisões preventivas e 14 de busca e apreensão foram cumpridos.

No final de abril, veio a quarta e maior fase da Mensageiro. Oito prefeitos foram presos, entre eles três da comarca de Canoinhas: Luiz Shimoguiri (PSD), de Três Barras; Alfredo César Dreher (Podemos), de Bela Vista do Toldo; e Adilson Lisczkovski (Patriota), de Major Vieira. Destes, Dreher e Lisczkovski conseguiram liberdade via habeas-corpus e tiveram seus respectivos mandatos extintos. Shimoguiri renunciou e foi solto no começo de dezembro, junto com o ex-vice-prefeito de Canoinhas, Renato Pike.

Ainda na quarta fase foram presos os prefeitos de Ibirama, Adriano Poffo (MDB); de Imaruí, Patrick Corrêa (Republicanos); de Schroeder, Felipe Voigt (MDB); de Massaranduba, Armindo Sesar Tassi (MDB); e prefeito de Corupá, Luiz Carlos Tamanini (MDB). Todos estão soltos.


SITUAÇÃO

Dos 16 prefeitos alvos da Mensageiro, a maioria dos casos está em fase de apuração ou oitivas, como é o caso de Luiz Shimoguiri, de Três Barras.

As oitivas do caso de Alfredo César Dreher, de Bela Vista do Toldo, haviam sido marcadas para janeiro pelo juiz criminal da comarca de Canoinhas, Eduardo Veiga Vidal, mas foram canceladas. Já no caso de Adilson Lisczkovski, de Major Vieira, não há data marcada para as oitivas.

No caso de Luiz Henrique Saliba, de Papanduva, o processo já está na reta final, com prazo para as últimas alegações das partes.


CONDENAÇÃO

Junto com o único prefeito condenado até o momento, executivos da Serrana também foram condenados. A 5ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça (TJSC) julgou e condenou pelo crime de organização criminosa, por unanimidade, todos os 14 réus do núcleo empresarial envolvidos na Operação Mensageiro.

A colaboração do empresário e funcionários confirmou os fatos apurados na investigação e possibilitou a descoberta de centenas de outros crimes praticados por prefeitos, secretários municipais e outros servidores públicos que enriqueceram com o dinheiro público. Além disso, com as assinaturas dos acordos, já ficou garantida, pelo menos, a devolução de R$ 53 milhões aos municípios lesados. Considerando todos os investigados, já foram bloqueados para ressarcimento ao todo R$ 282 milhões. Os melhores resorts em Santa Catarina


Cronologia – De janeiro a dezembro:

https://www.jmais.com.br/mensageiro-de-operacao-era-empresario-que-teria-pagado-propina-a-prefeitos/

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