Adilson Lisczkovski teve o mandato extinto
Foi solto nesta sexta-feira, 26, o ex-prefeito de Major Vieira, Adilson Lisczkovski (Patriota). Ele estava preso desde 27 de abril por conta da quarta fase da Operação Mensageiro.
Seu advogado comemorou a decisão: “A defesa comemora a liberdade do prefeito Adilson e manifesta, mais uma vez, sua crença no poder judiciário catarinense”, disse Marcelo Peregrino Ferreira.
Adilson é acusado de receber propina mensal de R$ 5 mil da Serrana Engenharia para manter e renovar os contratos de coleta e destinação de lixo com a empresa.
De acordo com as informações presentes na decisão do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) que o tornou réu recentemente, a investigação referente às movimentações de Adilson e sua participação no esquema revelou que ele seria o único dos nove requeridos na denúncia acatada que apresentou indícios de envolvimento direto com a organização criminosa, “além dos delitos de corrupção ativa e passiva que serviam de engrenagem para alcançar os propósitos da organização no município, e os crimes correspondentes às licitações e aos contratos de Major Vieira com as empresas do Grupo Serrana.”
No começo deste mês, Adilson teve o mandato extinto pela Câmara de Vereadores e o seu até então vice, Edson Schroeder (PT), assumiu como prefeito de fato.
A defesa de Adilson viu ato ilícito na decisão da Câmara, e já a contestou judicialmente.
Com a extinção de seu mandato, o processo desceu para a Vara da comarca de Canoinhas, onde Renato Pike, ex-vice prefeito de Canoinhas, também responde a processo na Mensageiro. Os demais prefeitos, que não perderam o renunciaram, seguem processados no TJSC.
MOTIVO
O JMais apurou que Adilson foi solto porque firmou acordo de colaboração premiada com o Ministério Público. Como ele não tinha envolvimento com nada além da Serrana, o acordo firmado previu quatro meses de prisão, o que foi cumprido integralmente neste sábado, 26.