Informações constam de denúncia feito pelo Ministério Público

MILIONÁRIO

O esquema de corrupção promovido pelo grupo Serrana com prefeitos do Planalto Norte de Santa Catarina, segundo a denúncia, movimentou meio bilhão de reais de acordo com os dados levantados pelo Ministério Público (MP) de Santa Catarina.

Estima-se que as fraudes em licitações e superfaturamento dos contratos resultaram em um lucro de aproximadamente R$ 400 milhões para o grupo Serrana. Somente em propina, segundo o MP, teriam sido distribuídos mais de R$ 100 milhões.

Esses números foram retirados de uma planilha encontrada pelos investigadores no endereço de e-mail de um dos donos da Serrana. No documento é possível identificar que de todo o dinheiro que a Serrana recebeu das prefeituras, apenas 29,96% foram destinados à realização dos serviços, outros 13,09% do montante virou propina para agentes públicos e 56,95% se tornou lucro do grupo empresarial.

A investigação trata esses números ainda como “prematuros”, ou seja, considera-se que ainda há mais coisas a descobrir e mais indícios de desvio de dinheiro público a serem encontrados.

COMPADRES

Um dos delatores ouvidos na Operação Mensageiro afirma que as licitações para coleta e transporte do lixo em Canoinhas não passavam de “um encontro de compadres”, pois não existia qualquer competição entre as empresas.

Nas palavras do delator, que não pode ser identificado para não prejudicar as investigações, as licitações eram “mera formalidade”, pois nenhum dos candidatos discordava do resultado que haveria: vitória da Serrana.

Para o delator ouvido pelo Ministério Público, os preços propostos por outras empresas que participavam da disputa eram combinados para não gerar entraves à vitória, sempre tida como certa, da Serrana.

PERDAS E GANHOS

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), anunciou na sexta-feira, 10, um acordo de R$ 26,9 bilhões entre União e estados para reposição das perdas impostas pelo corte do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis, energia, transportes e comunicações.

BEM EMPREGADO

O filho do ex-presidente Bolsonaro, Jair Renan Bolsonaro (foto), foi empregado no Senado, no gabinete do senador Jorge Seif (PL-SC), com salário mensal de R$ 9,5 mil. Seif foi secretário da Pesca do governo Bolsonaro e se elegeu com o apoio do ex-presidente.

70 milhões

De brasileiros estão endividados, aponta pesquisa

CLÁUSULA

Quase metade dos 31 partidos do país ficará de fora da distribuição do fundo partidário a partir deste mês por não atingirem a cláusula de barreira nas eleições do ano passado. O valor do fundo neste ano se aproxima de R$ 1,2 bilhão.

Terão direito a parcelas do fundo 17 legendas, entre elas as que formaram federações com agremiações maiores para não deixarem de receber os valores. Esse é o caso do PV e do PC do B com o PT; do Cidadania com o PSDB e da Rede com o PSOL.

Outros 14 partidos ficarão de fora da divisão dessa quantia, uma situação nova para parte das legendas que era financiada pelo fundo.