Nova licitação deve ser realizada
O presidente do Serviço Autônomo Municipal de Água e Saneamento Ambiental de Três Barras (Samasa), Antônio Tsunoda, revogou a licitação aberta há mais de seis meses e vencida pela Serrana Engenharia para coleta e destinação de lixo. Executivos da empresa são investigados por fraude a licitação, formação de quadrilha e pagamento de propina a agentes públicos, inclusive com a confissão de seus sócios em delação premiada.
A revogação do processo ocorreu após parecer da assessora jurídica do Samasa, Suliany Lescovitz de Souza, que apontou a possibilidade de encerrar o processo e, em seguida, estabelecer uma nova licitação para que o serviço não seja interrompido.
Tsunoda, que assumiu a autarquia após a presidente anterior, Paola Sabrina Pereira, ser investigada no âmbito da Operação Mensageiro, esclarece que o serviço continuará a ser prestado pela Serrana de forma provisória até que novo processo de licitação seja concluído.
Paola é investigada por supostamente ter aceitado favorecer a empresa a pedido do seu ex-companheiro, Edenilson Engel, vereador preso em abril, no mesmo dia em que o prefeito Luiz Shimoguiri foi detido. Ela não atende a pedido de entrevista.
AINDA NÃO HOMOLOGADA
A licitação revogada não chegou a ser homologada. De acordo com o Ministério Público (MP) o edital da licitação seguiu o mesmo molde de processos anteriores, feitos com objetivo de criar condições para que apenas a Serrana pudesse sair vencedora.
Quando a Operação Mensageiro chegou a Três Barras, o edital foi suspenso e uma contratação emergencial foi determinada por Paola, mas a empresa contratada foi a própria Serrana, que ainda presta o serviço ao município.
