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Funcionário da Serrana teria levado propina na cueca até prefeitura de Canoinhas

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Dinheiro seria destinado a campanha de reeleição do ex-prefeito Beto Faria

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As investigações do Ministério Público (MP) sobre o esquema de corrupção na coleta do lixo em Santa Catarina indicam que funcionários da empresa Serrana Engenharia, apontada como corruptora, prometeram encaminhar R$ 70 mil para o ex-prefeito Beto Faria (MDB) utilizasse na campanha eleitoral de 2016. Faria acabou perdendo a eleição para Beto Passos.

A investigação aponta, ainda, que a forma de pagamento seria parcelada. Os primeiros R$ 30 mil teriam sido entregues na primeira semana da campanha à eleição, outros R$ 20 mil na última semana e os R$ 20 mil restantes seriam pagos depois das eleições. Esse dinheiro era transportado na cueca de um funcionário da Serrana.

Entretanto, o MP não deixou claro qual seria a finalidade desse apoio aos candidatos. Um delator confirmou essas informações, mas não deu mais detalhes sobre a aplicação dos recursos.

O relatório do Ministério Público dá conta de que na primeira semana da eleição, um funcionário da Serrana foi até uma sala da prefeitura, onde entregou um pacote com o dinheiro combinado a um interlocutor de Faria e saiu. O mesmo ocorreu na última semana das eleições, mas com outro funcionário sendo o encarregado de transportar o dinheiro, desta vez eram R$ 20 mil que teriam sido retirados da cueca do rapaz, segundo o delator.

Procurado pela reportagem, Beto Faria disse não ter conhecimento de ter sido citado na denúncia.

PIKE ENTRA EM CENA

Passada a eleição, e com a derrota do grupo de Beto Faria, que seria o destinatário desse dinheiro, o então vice-prefeito eleito Renato Pike teria entrado em cena. Ele era responsável pela equipe de transição e teria levantado quais eram as empresas que colaboraram com a campanha de Beto Faria.

Dessa maneira, segundo o MP, Pike teria conseguido o contato de pessoas dentro da Serrana e assim dado início às tratativas para o pagamento de propina da Serrana no governo Passos.

Para o MP, dos R$ 213 mil que supostamente a Serrana teria pagado em propina naquele momento, pelo menos R$ 100 mil teriam sido destinados a Pike. Outro delator revelou que Pike e o então prefeito Beto Passos foram convidados por um diretor da Serrana a participar de um jantar no qual teria sido acertada a quantia de R$ 20 mil que passaria a ser dividida entre os dois desde que a Serrana tivesse garantidos a vitória nas licitações da coleta e destinação do lixo em Canoinhas.

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