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Para evitar “Mensageiro”, presidente da Câmara de Três Barras ataca JMais

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Abrahão Mussi tentou desqualificar trabalho do veículo

DISTRAÇÃO

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No mesmo dia em que a coluna publicou que a  Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), subseção de Canoinhas, encaminhou ofício ao presidente da Câmara de Vereadores de Três Barras, Abrahão Mussi (UB), cobrando um posicionamento do Legislativo com relação as prisões do prefeito Luis Shimoguiri (PSD) e do vereador Edenilson Engel (PSD), o presidente decidiu responder atacando o JMais, sem fazer nenhuma menção ao pedido da OAB. É a famosa técnica da distração que algum político um pouco mais instruído deve ter soprado no ouvido dele.

Ele começou voltando a dizer que o JMais falhou na fiscalização do poder público, ignorando que recentemente o site apresentou aspectos bastante graves da investigação do Ministério Público mostrando várias irregularidades na contratação da EBS e da Serrana para prestar serviços ao Samasa, autarquia onde ele e vários outros vereadores apadrinham funcionários. Só estes elementos recentes já seriam o suficiente para suscitar reação de vereadores minimamente comprometidos com a fiscalização.

Disse que foi o signatário da coluna o responsável pela eleição de Juliana Maciel Hoppe (PSDB) em Canoinhas e que devo “mea culpa” pelo desempenho da prefeita. Que sigo defendendo Juliana ao criticar as atitudes da oposição na Câmara. Ora, por mais lisonjeado que fique com tamanho poder a mim atribuído, a complexidade dos meios de comunicação com a ascensão das redes sociais diversificou, e muito, os meios de influência do eleitor. Ademais, o JMais organizou dois debates com os candidatos, todos com tempos iguais aos quatro pretendentes, sem nenhuma reclamação das partes que mais se interessariam em apontar qualquer favorecimento ao adversário ou, a adversária, no caso. Se sigo apontando furos nos discursos dos opositores a Juliana não é porque a defendo, mas porque cabe a imprensa lembrar ao povo onde estavam estes mesmos vereadores pouco tempo atrás, ou seja, ao lado de quem todos bem sabem que eles estavam.

Quando o vereador diz que para o JMais vale o “quanto pior, melhor”, em busca de engajamento, acho que não é bem assim que o povo vê. Claro, da sua ótica é compreensível, porque este quanto pior citado por ele é a sua própria desgraça ao ter de lamentar ter de trazer a mala do colega preso em Brasília, e como ele mesmo lamentou profundamente, “sem receber uma diaria extra sequer”. Cabe ao povo decidir se isso é explorar a desgraça alheia ou é mostrar sem filtros quem os governa.







ELEITOR DO BARRIGA

Para Mussi, não há dúvida. O JMais se empenha em eleger Laudecir Gonçalves, o Barriga, no ano que vem, assim como teríamos feito com Juliana em Canoinhas. Ok, ele diz que nosso engajamento é pequeno, mas não só elegemos uma prefeita como elegeremos o próximo prefeito de Três Barras. Há algo esquisito aí.

Primeiramente é preciso pontuar que em qualquer esfera, se um prefeito cai em desgraça, a oposição emerge com força. É a ordem natural por motivos óbvios. Salvo surja uma terceira via de última hora, é isso mesmo. Se Barriga é a bola a vez em Três Barras, o tempo dirá, mas por enquanto é público e notório que é o único vereador de oposição em Três Barras. Mas uma coisa é apontar seu nítido favorecimento político, outra coisa é tentar elegê-lo. Barriga já reclamou várias vezes do JMais. Para ele, seu candidato em 2020, Gilson Nagano, perdeu a eleição por causa de uma reportagem postada na véspera da eleição com base em uma denúncia do Ministério Público com elementos contundentes de compra de votos em um posto de combustíveis. Claro, assim como Mussi, Barriga atacou o mensageiro e não a mensagem. Quem moveu a ação foi o Ministério Público, que conseguiria posteriormente tornar Nagano e seu vice inelegíveis baseado nesta ação. Na semana passada, só pra citar o mais recente, a coluna trouxe nota sobre um boletim de ocorrência registrado contra Barriga por servidores municipais.







CONTRATOS

Mussi cita que desde 2017, o JMais recebeu R$ 50 mil mediante contrato com o Município de Três Barras. Isso seria motivo de suspeição do jornal. Pois é, há pelo menos três anos o site tem contrato com a Câmara de Vereadores de Três Barras e, mesmo assim, mostrou que é a Câmara que mais gasta diárias em todo o Planalto Norte, que gasta 26 vezes mais em diárias do que a de Canoinhas, que a Câmara aprovou projeto de lei que criou um cargo de assessor por vereador, que o MP pediu explicações a ele sobre contratação dos assessores, que ele mesmo bateu boca com Barriga, mostrando os impropérios que cada um disse, de igual modo. Mostrou ainda que ele e sua irmã receberam diárias por uma viagem que era toda paga pelo Sebrae (destacando posteriormente que o MP não viu irregularidades nos gastos), que eles aprovaram aumento no valor das diárias em 2022, e por aí vai. Recomendo uma busca no site pelo termo “Câmara de Três Barras” e o leitor vai ver que não demos mole para os nobres edis mesmo com contrato mensal de divulgação das matérias produzidas pela assessoria do Legislativo.






COPIA E COLA

Ainda sobre o contrato com o Município de Três Barras, Mussi diz que o JMais “copia e cola” o material produzido pela assessoria de imprensa do Município. Ora, o contrato prevê a divulgação de um banner (o que cumprimos sem interrupções) e a publicação na íntegra de todos os releases (textos produzidos pela assessoria de imprensa) no site.

A questão da publicidade em sites de notícias é óbvia. Para manter a estrutura, pagar salários e produzir conteúdo relevante que nos garante mais de 1 milhão de acessos mensais o JMais precisa vender publicidade. Se qualquer estrutura governamental deseja anunciar no site, não há nenhum impedimento para tanto. É um anunciante como outro qualquer. O que Mussi, e talvez um e outro aprendeu a duras penas, é que não vendemos nosso editorial junto com a publicidade, o que certamente mantém o respeito que nossos leitores têm pelo nosso trabalho. Um editorial inegociável, sob nenhum aspecto, é o que nos garante mais de 10 anos de credibilidade.






SAMASA

O Samasa tem um contrato com o JMais para um banner que aparece apenas na página inicial e a eventual divulgação de serviços que a autarquia oferece. Cito como exemplo a possibilidade de faltar água em determinada localidade. É o menor contrato em termos de valores que o JMais tem em vigor hoje. Mesmo assim, como Mussi tem se incomodado bastante, o site tem continuamente publicado reportagens que mostram os desmandos na autarquia. Todas podem ser acessadas no nosso especial Operação Mensageiro.






EDINEI CANDIDATO

Mussi sugere que se o colunista não está satisfeito com a política local que se candidate. Claro, seria o melhor dos mundos para políticos da sua estirpe. Contudo, não vereador. Seguiremos sendo o único veículo da comunicação da região a incomodar políticos que confundem o público com o privado, o legal com o imoral, a crítica com a militância e o jornalismo com balcão de negócios.

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