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Sete prefeitos já foram presos na Operação Mensageiro; veja quem são e como ocorreram as prisões

Imagem:Montagem

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Já foram cumpridos 121 mandados de busca e apreensão e 22 mandados de prisão

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A Operação Mensageiro, iniciada em dezembro de 2022, já levou sete prefeitos de Santa Catarina para a cadeia, além de secretários municipais e vereadores. As investigações da terceira e atual fase são conduzidas pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) sob responsabilidade do procurador-geral de Justiça, Fernando da Silva Comin.

As prisões são realizadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e pelo Grupo Especial Anticorrupção (Geac) do Ministério Público de Santa Catarina.

Entre os prefeitos presos, três são do Partido Progressista (PP), dois do Partido Liberal (PL), um do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e um do Partido Social Democrático (PSD). Um vice preso também é do PSD.

Entenda a cronologia das prisões e quem são os prefeitos:

PRESOS NA PRIMEIRA FASE

Na primeira fase da operação, o prefeito de Pescaria Brava, Deyvisonn Souza (MDB), foi preso. Souza estava em viagem oficial a Brasília quando foi surpreendido pela polícia.

Souza já estava em seu quarto mandato como prefeito, sendo duas vezes por Laguna (2004 e 2008) e o segundo seguido por Pescaria Brava. Ele segue detido e seu vice, Louro (PP), é o prefeito interino.

Na mesma fase mais três prefeitos foram presos, entre eles o de Papanduva, Luiz Henrique Saliba (PP), que também já tinha sido prefeito antes, de 2009 a 2012. Saliba também segue preso desde dezembro e os vereadores de Papanduva concederam uma licença a Saliba ao invés de cassar o mandato. O vice, João Jaime (PSD), é o atual chefe do Executivo de Papanduva.

O terceiro prefeito preso na primeira fase foi o de Balneário Barra do Sul, Antônio Rodrigues (PP). Ele já tinha sido eleito em 2008 e perdeu as duas outras eleições, de 2012 e 2016. Quando voltou a ser eleito, em 2020, tinha Valdemar da Rocha (PP) como vice, e é ele que assumiu interinamente a prefeitura.

Já o prefeito de Itapoá, Marlon Neuber (PL), foi preso apenas três dias após o início da operação, pois estava viajando. A polícia o encontrou no aeroporto de Curtiba quando chegou de viagem.

Neuber está em seu terceiro mandato, o segundo seguido – já tinha exercido o cargo de 2005 a 2008 – com Jefinho Garcia (MDB) como vice. Garcia já era o prefeito interino de Itapoá desde dezembro por conta das férias de Neuber. Ele deveria ficar no cargo por 90 dias, mas agora o tempo é indefinido.


PRESOS NA SEGUNDA FASE

Na segunda fase da operação, os prefeitos de Lages, Antônio Ceron (PSD), e de Capivari de Baixo, Vicente Corrêa Costa (PL), foram presos no dia 2 de fevereiro.

Ceron é prefeito de Lages desde 2017, reeleito em 2020. Seu vice nas duas ocasiões foi Juliano Polese Branco (PP), que assumiu a prefeitura de Lages de forma interina no dia 3 de fevereiro.

Já Costa, de Capivari de Baixo, concorreu à prefeitura em 2016, mas não foi eleito, o que conseguiu em 2020. Em seu lugar, assumiu a vice, Márcia Roberg (PP).

PRESO NA TERCEIRA FASE

O prefeito de Tubarão, Joares Ponticelli (PP), está no seu terceiro mandato. Foi eleito em 2010, 2016 e 2020. O vice, Caio Tokarski (PSD), estava junto com Ponticelli desde 2016. Em 2022 foi candidato a deputado federal, ficando como suplente.

Com prefeito e vice presos, o presidente da Câmara de Vereadores, Gelson José Bento (PP), assumiu interinamente.




MAIS PRISÕES DEVEM ACONTECER

A Operação Mensageiro segue em desenvolvimento, o que indica que novas fases podem ser deflagradas. Ao todo até agora já foram cumpridos 121 mandados de busca e apreensão e 22 mandados de prisão – todos seguem presos preventivamente.

As investigações ocorrem em segredo de justiça no nível 5 de sigilo, o mais alto. Sabe-se que o Gaeco já investigou os contratos da Serrana Engenharia com as prefeituras de Canoinhas, Bela Vista do Toldo e Três Barras e que há envolvimento do ex-vice-prefeito de Canoinhas, Renato Pike. A primeira fase da operação foi desencadeada na semana em que ele seria solto mediante dois habeas-corpus conseguidos em relação à operação Et Pater Filium. Entre os mandados de prisão deferidos pelo Judiários estava um para Pike, o que o manteve na cadeia.

Ex-prefeito de Bela Vista do Toldo, preso na terceira fase da Et Pater Filium, Adelmo Alberti foi o principal delator que deu início a Operação Mensageiro. Até agora, contudo, outros quatro delatores fizeram acordos com a Justiça para revelar o que sabem do esquema.

Nesta segunda-feira, 20, a colunista Dagmara Spautz, da NSC Total, revelou que há imagens gravadas em vídeos de prefeitos recebendo propina de Altevir Seidel, considerando o “mensageiro” que dá nome à operação. A informação consta de um pedido negado de habeas-corpus apresentado pela defesa de Seidel ao Superior Tribunal de Justiça.

A Serrana diz em nota que não comentará nada sobre a operação justamente por a Mensageiro estar em segredo de Justiça.

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