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Prefeito de Major Vieira recebia R$ 5 mil de mesada em esquema de propina, diz MP

Imagem:Arquivo

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Adilson Lisczkovski se tornou réu na Operação Mensageiro e segue preso desde abril

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O Tribunal de Justiça do estado de Santa Catarina (TJSC) aceitou a denúncia do Ministério Público (MP) que identifica o prefeito de Major Vieira, Adilson Lisczkovski (Patriota), como integrante da organização criminosa que comandava o esquema de corrupção que deu origem à Operação Mensageiro.

De acordo com as informações presentes na decisão do TJSC, a investigação referente às movimentações de Adilson e sua participação no esquema revelou que ele seria o único dos nove requeridos na denúncia acatada que apresentou indícios de envolvimento direto com a organização criminosa, além dos delitos de corrupção ativa e passiva que serviam de engrenagem para alcançar os propósitos da organização no município, e os crimes correspondentes às licitações e aos contratos de Major Vieira com as empresas do Grupo Serrana.

A decisão do TJSC confirma que há elementos suficientes para o recebimento formal da denúncia contra Adilson Lisczkovski. A investigação aponta que ele teria ingressado no esquema de recebimento de propina que culminou na Operação Mensageiro no final de 2021, e permanecido associado à organização criminosa até o dia 27 de abril de 2023, quando foi preso por equipes do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco).

A CORRUPÇÃO DE ADILSON E O RECEBIMENTO DA MESADA
Segundo consta no documento da decisão do TJSC, Adilson teria sido “convidado” a participar do esquema de corrupção pelo prefeito de Bela Vista do Toldo, Adelmo Alberti, que teria apresentado a ele a forma como o esquema se organizava em relação ao favorecimento do grupo empresarial Serrana para obter vantagens mútuas.

Adilson teria se comprometido a usar o seu poder de prefeito para colocar a máquina pública de Major Vieira à disposição dos interesses da Serrana sempre que a empresa julgasse necessário e, em contrapartida, receberia um valor mensal em propina por sua participação no esquema.

As informações da denúncia dão conta de que o valor inicial solicitado por Adilson para integrar o esquema e favorecer os interesses da Serrana teria sido de R$ 10 mil. O valor final acordado entre as partes teria sido de R$ 5 mil, a partir do comprometimento do prefeito em trabalhar no favorecimento da empresa em questões envolvendo a administração pública municipal.

Investigações demonstraram que um dos pagamentos da propina ao prefeito de Major Vieira teria acontecido ainda em 2021, em um endereço combinado previamente entre ele e funcionários da Serrana que também faziam parte da organização criminosa. Nesta ocasião, Adilson teria recebido o valor de R$ 30 mil em dinheiro, correspondente a seis meses da referida “mesada”, para zelar em prol dos interesses privados da Serrana.


PRISÃO, DENÚNCIA E CASSAÇÃO
Equipes do Gaeco prenderam Adilson no dia 27 de abril de 2023, logo após ter sido deflagrada a 4ª fase da Operação Mensageiro. Com a decisão do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) de acatar a denúncia do Ministério Público (MP) contra o prefeito, ele agora é mais um dos réus da operação. O pedido de cassação do mandato de Adilson será votado pela Câmara de Vereadores de Major Vieira na próxima terça-feira, 1 de agosto.

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