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Câmara de Major Vieira concede licença de 60 dias para prefeito preso na Mensageiro

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Comissão destacou que não pretende recomendar prorrogação do prazo

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A Câmara de Vereadores de Major Vieira aprovou na noite desta segunda-feira, 15, parecer da Comissão de Constituição, Justiça e Redação que concede licença de 60 dias para o prefeito Adilson Lisczkovski (Patriota), preso na quarta fase da Operação Mensageiro. Apenas a vereadora Soleima Aparecida de Oliveira (UB) votou contra o parecer.

No relatório da comissão consta que a defesa de Adilson disse que o prefeito pretende que o Município não pare e, por isso, providenciou o pedido. “Analisando o pedido de licença, recomendamos a elaboração do decreto concedendo a licença permitindo que o prefeito exerça seu direito de defesa.” Caso seja mantida a prisão, os integrantes da comissão não serão favoráveis à prorrogação da licença, consta do relatório. A licença por 60 dias é sem remuneração. O decreto, aprovado por sete votos a um, passou em regime de urgência urgentíssima. Um decreto legislativo será publicado com a decisão.

Antes da votação, a vereadora Soleima disse que a questão não é julgar, mas o pedido de licença precisa ser legal. “Não concordo com o parecer porque o prefeito foi preso. Apesar de não sabermos o motivo, ele tem direito de defesa, mas dar licença para ele é compactuar com algo que está errado. Várias vezes alertamos e pedimos documentos relacionados a Serrana. Ele já está em um processo delicado. Já aconteceu isso em Major Vieira e isso volta a acontecer agora”, afirmou.

Vilma Kiem (PSDB) também se manifestou contrária a licença. “Ele teve a oportunidade de se redimir e não o fez. Me sinto envergonhada por Major Vieira”. Contudo, ela votou a favor do parecer.

Laércio Sobczack (MDB) defendeu o relatório da comissão que ele preside. “Achamos por bem colocar em plenário porque não temos conhecimento nenhum do processo que está em segredo de justiça. Que cada vereador vote como pensar”.

FATO ESTRANHO

Lisczkovski assinou o pedido de licença de 60 dias a ser encaminhado para a Câmara de Vereadores no dia em que foi preso, o que causou estranheza considerando que todas as prisões do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) são feitas de maneira inesperada e no mais absoluto sigilo. Se houver vazamento da informação, a operação é abortada.

O pedido de licença veio à tona durante a cerimônia de posse do prefeito interino Édson Sidnei Schroeder (PT). Como vice de Adilson, ele tomou posse no dia seguinte. Essa estranheza, contudo, sequer foi pautada pela Câmara.

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