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Prefeito de Papanduva teve 77 contatos com “Mensageiro” em dois anos

Imagem:Montagem

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Luiz Henrique Saliba recebia propina na porta de casa, aponta investigação

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Os nomes de envolvidos na investigação da Operação Mensageiro foram retirados da reportagem por decisão judicial enviada ao Grupo ND e NSC, assinada pela desembargadora Cinthia Beatriz da Silva Bittencourt Schaefer com base no artigo 5º da Lei 12.850/2013, inciso V, que discorre sobre os direitos de colaborador “não ter sua identidade revelada pelos meios de comunicação, nem ser fotografado ou filmado, sem sua prévia autorização por escrito”. Embora o JMais não tenha sido notificado até o momento, a direção achou por bem acatar a decisão.

O HOMEM DA MALA

Preso em dezembro passado, na primeira fase da Operação Mensageiro, o prefeito de Papanduva, Luiz Henrique Saliba (Progressistas), manteve 77 encontros entre fevereiro de 2020 e junho de 2021, com o homem acusado de ser o Mensageiro que dá nome a operação do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) através do Gaeco, uma especie de operador financeiro do esquema que teria sido montado pela Serrana Engenharia. Em 2022, com a operação Et Pater Filium a todo vapor, esses contatos foram reduzidos a uma única ligação em 22 de março, sete dias antes de o então prefeito e vice de Canoinhas, Beto Passos e Renato Pike, serem presos na sétima fase da Et Pater Filium.

Segundo apontam as investigações, neste 22 de março de 2022 o “mensageiro” esteve pessoalmente com Saliba e filmou o encontro. Mesmo o “mensageiro tendo apagado o vídeo, o Gaeco conseguiu recuperá-lo.

No vídeo, o “mensageiro” filma um maço de notas de R$ 200 na rua onde Saliba morava com a família. Para o MPSC não há dúvidas de que ele estaria entregando propina para o prefeito.

Rastreando o celular do ” mensageiro, o Gaeco identificou mais dois momentos apenas em 2022 que o “mensageiro” esteve nas proximidades da casa de Saliba. Para os investigadores, o motivo não poderia ser outro a não ser pagar propina.

A defesa de Saliba nega qualquer relação espúria dele com o “mensageiro”, muito menos com a Serrana Engenharia.

CARTEIRA

A Serrana Engenharia, investigada por suspeita de corrupção em contratos para coleta e destinação de lixo em pelo menos sete prefeituras de Santa Catarina, tem R$ 14 milhões em contratos assinados com Municípios espalhadas pelo Estado. A conta foi feita pelo jornalista Jean Laurindo, da NSC Total.

Dados publicados no Diário Oficial dos Municípios e nos portais da transparência das sete cidades detalham os valores e períodos em que a empresa Serrana Engenharia está à frente da coleta e transporte de resíduos sólidos. Essa atividade é a que tem suspeita de irregularidades envolvendo agentes públicos e, por isso, o caso vem sendo chamado de “escândalo do lixo”.

Segundo os dados disponíveis, as cidades de Itapoá e Lages têm os maiores valores, na faixa de R$ 5 milhões ao ano pagos para a coleta, transporte e destinação de lixo nesses municípios.

Além das sete prefeituras que tiveram prefeitos presos preventivamente, outras 10 cidades renovaram ou publicaram aditivos de contratos com a empresa Serrana somente desde o início de 2023, segundo publicações no Diário Oficial dos Municípios. É o caso de Três Barras e Bela Vista do Toldo.

Canoinhas, na contramão, encerrou contrato de renovação que tinha acabado de ser assinado em novembro do ano passado, assim que a prefeita Juliana Maciel Hoppe (PSDB) tomou conhecimento da investigação. A GR Soluções Ambientais assumiu o serviço emergencialmente. Em 9 de janeiro deste ano, Papanduva, cujo prefeito, Luis Henrique Saliba (Progressistas) está preso, também encerrou o contrato com a Serrana.

O município de Itapoá abriu um processo administrativo e criou uma comissão de três servidores que vão analisar todos os contratos do município com as empresas do Grupo Serrana.

“Os processos correm em segredo de justiça e, por esse motivo, não podemos nos manifestar a respeito do seu conteúdo”, diz a empresa em nota.




MP

O governador Jorginho Mello (PL) decidiu implementar a Reforma Administrativa por meio de Medida Provisória. O texto está nos ajustes finais e deve ser publicado ainda nesta semana, com posterior envio à Assembleia Legislativa.




NOVAS SECRETARIAS

A reforma prevê a criação de novas secretarias como a de Segurança Pública; Turismo; Prevenção e Defesa Civil; Planejamento; Portos, Aeroportos e Ferrovias. Já a pasta do Desenvolvimento Econômico será dividida em três: Meio Ambiente e Economia Verde; Inovação, Ciência e Tecnologia; e Indústria e Comércio.




SEM HOME OFFICE

Um decreto assinado na semana passada pelo governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), acaba com o trabalho remoto no serviço público estadual. O texto da normativa diz que o home office está suspenso a partir de 1º de março de 2023.



CONCRETO OU ASFALTO?

O uso da pista de concreto no lugar de asfalto é um dos fatores que provocaram a suspensão de contratos para restauração e ampliação de estradas estaduais. O governo Jorginho Mello entende que não é toda a rodovia que necessita de pista de concreto, cujo custo por quilômetro é de R$ 4, 2 milhões e com asfalto fica em cerca de R$ 1 milhão.




1,2 milhão

De preservativos foram distribuídos neste carnaval em Santa Catarina




ESCAPOU

Moisés e Udo quando da confirmação da dobradinha/Arquivo

A Justiça Eleitoral de Santa Catarina julgou improcedente, na sessão do dia 15 de fevereiro, ação proposta pela Frente Democrática (PT/PC do B/PV/PSB/Solidariedade) contra a campanha de reeleição do ex-governador Carlos Moisés e Udo Dohler. A ação pedia a inelegibilidade e a cassação de diploma, sob o argumento de que o então governador teria utilizado campanha institucional do Governo do Estado para antecipar sua campanha eleitoral.

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