segunda-feira, 13

de

maio

de

2024

ACESSE NO 

Ex-prefeito de Três Barras é citado 57 vezes em inquérito da Mensageiro

Imagem:Arquivo

Últimas Notícias

Elói Quege é investigado por ter supostamente recebido propina da Serrana

- Ads -

O ex-prefeito de Três Barras, Elói Quege, foi citado 57 vezes no inquérito da Operação Mensageiro, que investiga pagamento de propina e fraudes a licitações para coleta e destinação do lixo em Santa Catarina.

Quege, que governou o município de 2009 a 2016, é investigado pelo Ministério Público (MP) por supostamente ter recebido propina da Serrana Engenharia para facilitar a vitória da empresa na licitação que disputou durante sua gestão, além da empresa ter recebido uma série de termos aditivos que prolongaram o contrato com o município.

A primeira suspeita que a investigação levantou sobre o ex-prefeito foi quando seu número de telefone foi encontrado junto com os contatos de outros prefeitos do Planalto Norte no celular do operador interno de propina da Serrana, cujo nome não pode ser citado por decisão judicial.

Na agenda, o nome de Quege aparece junto com o de outros investigados, como Adilson Lisczkovski (prefeito de Major Vieira), Luiz Henrique Saliba (prefeito de Papanduva) e Gilberto dos Passos (ex-prefeito de Canoinhas).

Em um segundo momento, Quege é apontado por um delator como participante do esquema de corrupção, mas o delator não deu detalhes de como o ex-prefeito teria atuado. O delator não deu detalhes sobre a quantia que seria recebida por Quege, mas destacou que era próximo dele e que sempre conversavam sobre “formas de fazer dinheiro” – mesmo termo utilizado em conversas interceptadas entre Ernani Wogeinaki (secretário de Agricultura de Três Barras) e o ex-prefeito de Bela Vista do Toldo, Adelmo Alberti.

Mas em outra parte do processo, o MP aponta que Quege teria recebido propina da Serrana Engenharia ao lado de Ernani Wogeinaki, seu suposto comparsa no esquema, também citado como elo entre o atual governo de Três Barras e a Serrana. Entretanto, o MP não deixa claro se foi Quege quem teria iniciado o esquema em Três Barras ou se também teria herdado o esquema de outro político.

LICITAÇÕES SUSPEITAS

O Ministério Público ressalta que durante a gestão de Quege foram assinados contratos considerados suspeitos entre a Serrana e o município de Três Barras. A Concorrência Pública nº 01/2013 firmou o contrato para a coleta do lixo com a Samasa, que não é gerenciada diretamente pela prefeitura, mas o MP compreende que a influência do prefeito sobre o processo licitatório não pode ser desprezada.

Antes do término do contrato, ele teria sido estendido por meio de termos aditivos. Porém, aditivos a esse mesmo contrato de 2013 excederam o limite de tempo permitido pela Lei de Licitações. Um dos termos, assinado em 2017 – já durante o governo do atual prefeito Luiz Shimoguiri – venceu no primeiro semestre de 2018, mas sequer poderia ter sido firmado, pois já havia se esgotado o prazo de 60 meses de validade da licitação.

QUEBRA DE SIGILO

Os investigadores do Ministério Público solicitaram a quebra dos sigilos telefônico e telemático de Quege, inclusive dos endereços de e-mail privados e do institucional da prefeitura de Três Barras. Porém, devido o prazo de cinco anos que as empresas de telefonia são obrigadas a armazenar as informações ter se esgotado, não foi possível fazer a análise dos dados.



CONTRAPONTO

Quege disse que como ex-gestor acredita que todos os prefeitos e ex-prefeitos fazem parte do processo e também estão sendo investigados.
“Não fui citado e não tenho nenhum conhecimento do processo.
Portanto, não consigo responder ao seu questionamento. Acredito muito na justiça, tenho minha consciência tranquila e, caso eu venha a ser citado, estarei a disposição”, afirmou ao responder a pedido de entrevista.

- Ads -
Olá, gostaria de seguir o JMais no WhatsApp?
JMais no WhatsApp?