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Shimoguiri usava caminhonete da Saúde para receber propina, revela denúncia

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Uma caminhonete registrada no CNPJ do Fundo Municipal de Saúde era utilizada pelo prefeito

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O prefeito preso de Três Barras, Luiz Shimoguiri (PSD), utilizava recursos destinados à Saúde em benefício pessoal, como mostra denúncia do Ministério Público (MP) apresentada à justiça no âmbito da Operação Mensageiro. Uma caminhonete Amarok registrada no CNPJ do Fundo Municipal de Saúde de Três Barras era utilizada pelo prefeito ao invés de servir ao setor para o qual foi adquirida.

Os agentes de investigação do braço armado do MP, o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) seguiram Shimoguiri com carros descaracterizados e flagraram o prefeito se deslocando com a Amarok para, segundo eles, receber propina do “mensageiro”.

Com isso, a Operação Mensageiro revela um novo elemento que pode vir a ser investigado de forma avulsa, que é a apropriação de bens públicos para uso particular do prefeito.

De acordo com as informações oficiais que constam na denúncia do MP, a caminhonete registrada no Fundo Municipal de Saúde de Três Barras teria sido utilizada por Shimoguiri no dia 19 de abril de 2022, quando o então prefeito se dirigiu à casa do secretário municipal de obras de Três Barras, Francisco Altamir Farias, para buscar a “encomenda” – um envelope pardo que continha a propina no valor de R$ 30 mil em dinheiro.

Ainda segundo a denúncia, o tal envelope teria sido deixado na casa do secretário na tarde daquele mesmo dia por um dos funcionários da Serrana, logo após ter ido buscar a quantia na sede da empresa em Joinville e seguindo orientações de superiores no esquema de corrupção, que teriam instruído para que a entrega fosse realizada em um ambiente privado, por já suspeitarem de que estavam sob a mira de uma investigação pelo Ministério Público.

Esta seria apenas uma de ao menos três vezes em que Shimoguiri teria recebido valores referentes a propina no ano passado. Em maio de 2022, por exemplo, o valor recebido teria sido de R$ 31 mil, entregues pelo mesmo funcionário da Serrana que teria realizado a entrega anterior, mas desta vez na casa da mãe de Luiz Shimoguiri.


DENUNCIADO

Shimoguiri segue denunciado, mas ainda não se tornou réu da Operação Mensageiro. Ele foi preso em 27 de abril deste ano na quarta fase da operação acusado de se envolver em uma relação ilícita para favorecer a Serrana Engenharia nas contratações para coleta e destinação de lixo em Três Barras e para o saneamento por meio da estatal Samasa.

Por Alexandre Douvan e Leonardo Carriel

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