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Família do “mensageiro” acobertava suas viagens para entrega de propina, diz MP

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Sobrinho era sócio dele em ao menos uma das empresas que recebeu recursos da Serrana

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A esposa do homem apontado como o “mensageiro” na operação do mesmo nome, investigado como o distribuidor da propina paga pelos sócios do grupo Serrana, foi flagrada pelos investigadores do Ministério Público (MP) acompanhando o marido em ao menos uma ocasião em que ele praticava o crime.
As informações levantadas pelo MP,  mostram que o casal teria união estável e ela teria acompanhado ele em pelo menos uma oportunidade onde ele exerceu sua função de “mensageiro” da Serrana. Na ocasião, ele teria pagado propina na cidade de Balneário Barra do Sul, em junho de 2022. Contudo, não fica claro na apuração do MP se o dinheiro foi entregue ao então prefeito Antônio Rodrigues (PP), preso em dezembro de 2022.

Conforme consta no processo de abertura de investigação contra a esposa do “mensageiro”, ela não apenas acompanhou o marido como estaria acobertando suas atividades criminosas. Para o MP, por estar no mesmo local do pagamento de propina para agentes públicos, ela participou do pagamento da propina.

O envolvimento de parentes no esquema é ainda maior. Após autorização judicial para instalação de um rastreador no carro do “mensageiro”, ele parou de utilizar o veículo, passando a dirigir o carro de um sobrinho. Para o MP, essa ação do “mensageiro” mostra que ele tentava despistar possíveis investigadores.

A partir do momento em que o “mensageiro” passou a utilizar o carro do sobrinho, sua esposa passou a dirigir um dos automóveis que supostamente o “mensageiro” utilizava para se direcionar até agentes públicos para o pagamento de propinas oriundas de contratos de Serrana Engenharia.

EMPRESA FAMILIAR

Os investigadores também pontuam que o sobrinho que emprestava o carro para o ‘mensageiro‘ é sócio dele em ao menos uma das empresas que supostamente recebeu milhões de reais do Grupo Serrana e, em tese, estaria sendo utilizada para o pagamento de propina para agentes públicos e para a própria remuneração do “mensageiro”.

O indício de ter recebido “milhões”, sem citar uma cifra exata, ocorre porque a investigação ainda não contabilizou o volume total de dinheiro pago em propina e recebido pelo “mensageiro”.

Por conta desses elementos, a esposa e o sobrinho do “mensageiro” passaram a ser investigados na Operação Mensageiro. O auxílio que eles podem ter prestado ao “mensageiro” configura os crimes de corrupção ativa e organização criminosa. Mesmo que apenas tivessem conhecimento das práticas dele, a investigação entende que a dupla possa estar munida de documentos, eletrônicos ou outros objetos que ajudem a esclarecer as possíveis práticas criminosas.

VIAGENS

Somente nos nove primeiros meses de 2022, período em que foi monitorado pelos investigadores, o “mensageiro da propina do lixo” em Santa Catarina teria feito 56 viagens pelo Estado. Segundo as investigações, com fortes indícios de que os encontros com agentes públicos flagrados dentro de carros e hotel, seriam para pagamentos ilícitos, com “dinheiro vivo”, em troca de garantias ao Grupo Serrana na “concorrência” das licitações lançadas pelas prefeituras ao serviço de coleta e destinação de resíduos, saneamento e iluminação pública nos municípios.

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