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maio

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2024

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Operação Mensageiro ainda tem um longo caminho

Imagem:Arquivo

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Alvo da operação, Planalto Norte sempre foi região esquecida por tudo e por todos

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A região do Planalto Norte de Santa Catarina sempre foi muito complexa quando o assunto é o meio político. O tema é bem peculiar nos municípios e já foi assunto em nossas colunas aqui no JMais.

Os municípios que compreendem essa região, que há mais de 100 anos era contestada com o estado do Paraná, passaram a perder forças nas disputas a nível estadual. Porto União, por exemplo, nos últimos pleitos para o cargo de deputado estadual entregou votos para mais de 90% dos candidatos.

Com essa situação de não conseguir eleger alguém natural do Planalto Norte ou ficar distribuindo votos para qualquer candidato, as cidades tiveram de se virar literalmente e o meio encontrado, foi o processo de adoção feito por representantes de outras regiões, para com os eleitores de cá.

Sendo assim, o Planalto Norte caminhava para que nunca fosse assunto nas discussões em Florianópolis ou na Alesc. Porém, nos últimos tempos, novos ventos trouxeram os olhos de toda Santa Catarina para cima dos municípios. Infelizmente de uma forma que ninguém gostaria de vivenciar.

Em um primeiro momento tivemos a realização da operação Et Pater Filium, que ao ser deflagrada levou para a prisão prefeitos de algumas cidades da região. Porém, o caso que mais chamou a atenção, foi o de Canoinhas.

A cidade que até então poderia ser considerada um exemplo entre as suas vizinhas, com prefeito e vice jovens, que para muitos traziam novos ares, foi a mais atingida. Beto Passos e Renato Pike anoiteceram prefeitos e amanheceram presidiários.

A situação até então inédita na região começou a ganhar amplamente destaque nos meios, nas conversas e nas análises de colegas colunistas. Porém, nos últimos dias uma nova situação aconteceu.

Através de uma delação premiada, uma nova operação começou a ser deflagrada agora levando consigo um número maior de prefeitos, a Operação Mensageiro.

 Segundo as informações, a operação de desvio de dinheiro envolvia um esquema de corrupção por meio do qual um mensageiro fazia o famoso “leva e traz” de altos valores entre prefeituras e uma empresa coletora de lixo.

Aqui é importante deixar frisado que estamos seguindo uma normativa trazida pela desembargadora de Santa Catarina, Cinthia Bittencourt Schaefer, que decidiu pela proibição da divulgação dos nomes e identidade dos delatores da Operação Mensageiro, que investiga supostas fraudes nos contratos de coleta de lixo.

Por isso a discussão aqui, é referente sobre o protagonismo do Planalto Norte. Somos uma região que sempre foi esquecida por tudo e por todos. Foram muitas as vezes que ouvimos a seguinte frase: “O Estado só existe até Joinville”. Infelizmente, isso sempre foi verdade, nunca conseguimos ter força política para nos desenvolver, caminhar com os nossos próprios passos, lutar pelos nossos direitos, tudo sempre foi a sombra de todas as outras regiões de Santa Catarina.

Agora, ao observar a atual situação percebe-se nitidamente que a região não caminhava para frente por uma única explicação. Enquanto alguns prefeitos tentavam correr atrás de algo que pudesse contribuir para o desenvolvimento da população, outros aproveitavam dos seus cargos apenas para o benefício próprio.

A Operação Mensageiro ainda deverá ser muito longa e investigar um bom número de pessoas em toda Santa Catarina, porém como discutimos na semana passada, o pleito de 2024 já começa a ganhar corpo e gerar discussões. A operação deve servir de mais um ponto para que os eleitores escolham muito bem aqueles que irão representá-los nos próximos tempos.

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