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Passos e Pike recebiam R$ 20 mil mensais em propina da Serrana, diz delator

Imagem:Arquivo

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Delator também afirma que em todo lugar que a Serrana atua há propina

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Os nomes de envolvidos na investigação da Operação Mensageiro foram retirados da reportagem por decisão judicial enviada ao Grupo ND e NSC, assinada pela desembargadora Cinthia Beatriz da Silva Bittencourt Schaefer com base no artigo 5º da Lei 12.850/2013, inciso V, que discorre sobre os direitos de colaborador “não ter sua identidade revelada pelos meios de comunicação, nem ser fotografado ou filmado, sem sua prévia autorização por escrito”. Embora o JMais não tenha sido notificado até o momento, a direção achou por bem acatar a decisão.

Um dos delatores da Operação Mensageiro revelou em delação premiada como negociou a propina com Odair José Mannrich, proprietário do grupo Serrana, responsável pela coleta do lixo em várias cidades de Santa Catarina. Todos os meses, Beto Passos e Renato Pike recebiam pouco mais de R$ 20 mil em propina, segundo o delator. O esquema durou de 2017 a 2022, o que gerou ao menos R$ 1 milhão em propina fixa para cada um dos políticos.

Assim que assumiram a prefeitura de Canoinhas, em 2017, o então vice Renato Pike teria informado que Mannrich convidou ele e Beto para um jantar.

Esse jantar teria acontecido em um restaurante às margens da BR-101, próximo de Itapema. Nesse jantar, Mannrich teria oferecido o que classificou como “ajuda” durante a execução do contrato de prestação de serviço de lixo para o município. A ajuda oferecida não passava de um eufemismo para propina, acredita o MPSC.

Após aquele jantar, Beto e Pike teriam passado a receber a propina por meio do “mensageiro”. Segundo delator, eles recebiam pouco mais de R$ 20 mil de propina em troca do direcionamento da contratação da empresa do grupo Serrana nas licitações.

Mas além dos R$ 20 mil fixos, havia uma espécie de comissão aos políticos quando conseguiam o aditamento de contratos com o grupo Serrana.


TODAS

O delator afirmou ter conhecimento de que “em todo lugar que as empresas do grupo Serrana atuam existe propina”. Conforme reportagem publicada nesta quinta-feira, 23, no JMais, a maioria dos Municípios com contrato com a Serrana negam a acusação feita anteriormente por outro delator.

A delação, registrada na denúncia do Ministério Público, implica as prefeituras do Planalto Norte que tinham ou têm contrato com a Serrana, como Canoinhas, Bela Vista do Toldo, Major Vieira, Três Barras, Mafra, Itaiópolis, Irineópolis, Papanduva e Monte Castelo.

DO LIXO AO SANEAMENTO

A conversa entre Passos, Pike e Mannrich não ficou apenas nos termos do contrato para a coleta do lixo. De acordo com o delator, Mannrich teria manifestado interesse em assumir a gestão dos serviços de água e saneamento em Canoinhas. Se topassem, Passos e Pike receberiam uma nova leva de propina, segundo a denúncia.

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