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Após depoimento, João Linzmeier é solto

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Ex-secretário de Planejamento é réu na Maus Caminhos

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Último a depor nesta quarta-feira, 31, na fase de oitivas da operação Maus Caminhos, anexo da Operação Et Pater Filium, o ex-secretário de Planejamento de Canoinhas, João Linzmeier, foi solto pelo juiz criminal que conduz as audiências, Eduardo Veiga Vidal.

A liberdade veio depois de uma série de depoimentos que mostraram Linzmeier mais como um inocente útil nas mãos do ex-vice-prefeito Renato Pike e do empresário Chrystian Mokva do que um criminoso ciente de todas as artimanhas executadas para lesar os cofres públicos.

Sempre que questionados os réus e testemunhas citavam Linzmeier como alguém beneficiado pelo cargo para favorecer a Prado & Prado, mas sem um papel ativo na suposta organização criminosa. Inclusive, ninguém conseguiu quantificar quanto ele teria recebido de valores ilícitos. Mokva falou em pequenas quantias como ajuda. Por esta fase da operação somente ele estava preso.


VAI E VOLTA

O ex-secretário de Planejamento de Canoinhas voltou a ser preso em abril, depois de nova ordem de prisão preventiva ser emitida contra ele no âmbito da Operação Maus Caminhos, desdobramento da Operação Et Pater Filium que, neste caso específico, investiga desvios em obras de asfaltamento em Canoinhas durante o governo Beto Passos.

Linzmeier havia sido preso em outubro do ano passado quando da deflagração da Maus Caminhos. No começo de dezembro, contudo, ele foi solto por ordem do juiz da comarca de Canoinhas Eduardo Veiga Vidal, no começo de dezembro.

O Ministério Público recorreu da decisão da comarca e, então, o Tribunal de Justiça (TJSC) deu razão ao MP e emitiu nova ordem de prisão contra Linzmeier, que foi recolhido no Presídio Regional de Canoinhas.

O engenheiro civil estava em Penha, de onde veio e se apresentou voluntariamente perante o juiz criminal de Canoinhas, sendo então encaminhado ao Presídio Regional de Canoinhas.



MOTIVOS

Linzmeier é acusado de participar de um esquema para desviar recursos de obras de pavimentação em Canoinhas.

Colaboração premiada de Diogo Seidel, ex-secretário de Administração do governo Beto Passos, revelou o esquema criminoso de corrupção dentro da prefeitura de Canoinhas. Foi a partir desta delação que ocorreu a nona fase da operação, batizada de Maus Caminhos e que culminou na prisão de Linzmeier.

Segundo a colaboração de Seidel, o empresário do setor de asfaltos Crystian Mokva, pagou R$ 120 mil para comprar o cargo que seria ocupado por Linzmeier, o que foi negado pelo próprio Mokva no depoimento nesta quarta. Seidel explicou que depois do pedido de exoneração de Rafael Roeder, já no começo de 2020, quando se intensificou a corrupção no governo, Mokva demonstrou interesse em indicar Linzmeier para o cargo a fim de facilitar as ações ilícitas. O cargo, contudo, era cota do PSD de Passos. O ex-vice-prefeito Renato Pike teria contado a Seidel, segundo o ex-secretário, que para que Mokva pudesse indicar Linzmeier, precisaria pagar R$ 120 mil a título de propina para Passos. Mokva teria feito o pagamento e, assim, Linzmeier foi nomeado como indicado pelo PL, partido de Pike. Passos disse nesta quarta, contudo, que embora esse pedágio tivesse sido cogitado por Pike, nunca foi pago.

Quando da prisão de Linzmeier, na casa dele foram encontradas anotações das obras da Prado & Prado, empresa que Mokva representava. São abreviações, números, valores e menções aos aditivos.

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