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Ex-secretário de Planejamento de Canoinhas volta para a cadeia

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João Linzmeier já tinha sido preso na deflagração da Operação Maus Caminhos

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O ex-secretário de Planejamento de Canoinhas, João Linzmeier, voltou a ser preso na terça-feira, 18, depois de nova ordem de prisão preventiva ser emitida contra ele no âmbito da Operação Maus Caminhos, desdobramento da Operação Et Pater Filium que, neste caso específico, investiga desvios em obras de asfaltamento em Canoinhas durante o governo Beto Passos.

Linzmeier havia sido preso em outubro do ano passado quando da deflagração da Maus Caminhos. No começo de dezembro, contudo, ele foi solto por ordem do juiz da comarca de Canoinhas Eduardo Veiga Vidal, no começo de dezembro.

O Ministério Público recorreu da decisão da comarca e, agora, o Tribunal de Justiça (TJSC) deu razão ao MP e emitiu nova ordem de prisão contra Linzmeier, que foi recolhido no Presídio Regional de Canoinhas.

O engenheiro civil estava em Penha, de onde veio e se apresentou voluntariamente perante o juiz criminal de Canoinhas, sendo então encaminhado ao Presídio Regional de Canoinhas.

MOTIVOS

Linzmeier é acusado de participar de um esquema para desviar recursos de obras de pavimentação em Canoinhas.

Colaboração premiada de Diogo Seidel, ex-secretário de Administração do governo Beto Passos, revelou o esquema criminoso de corrupção dentro da prefeitura de Canoinhas. Foi a partir desta delação que ocorreu a nona fase da operação, batizada de Maus Caminhos e que culminou na prisão de Linzmeier.

Segundo a colaboração de Seidel, o empresário do setor de asfaltos Crystian Mokva, pagou R$ 120 mil para comprar o cargo que seria ocupado por Linzmeier. Seidel explicou que depois do pedido de exoneração de Rafael Roeder, já no começo de 2020, quando se intensificou a corrupção no governo, Mokva demonstrou interesse em indicar Linzmeier para o cargo a fim de facilitar as ações ilícitas. O cargo, contudo, era cota do PSD de Passos. O ex-vice-prefeito Renato Pike teria contado a Seidel, segundo o ex-secretário, que para que Mokva pudesse indicar Linzmeier, precisaria pagar R$ 120 mil a título de propina para Passos. Mokva teria feito o pagamento e, assim, Linzmeier foi nomeado como indicado pelo PL, partido de Pike. A ideia era que Mokva pudesse fazer o que bem entendia com as obras licitadas para a empresa que ele representava, considerando que Linzmeier fazia vista grossa para as inúmeras irregularidades e atrasos. Como secretário de Planejamento, cabia a Linzmeier fiscalizar a execução de contratos do setor de obras.

Quando da prisão de Linzmeier, na casa dele foram encontradas anotações das obras da Prado & Prado, empresa que Mokva representava. São abreviações, números, valores e menções aos aditivos.

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