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Ex-secretário de Planejamento de Canoinhas deixa a prisão

Imagem:Arquivo

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João Linzmeier é acusado de receber propina de empresário

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Foi solto na tarde desta quinta-feira, 8, o ex-secretário de Planejamento de Canoinhas, João Linzmeier. Ele estava preso provisoriamente no Presídio Regional de Canoinhas desde 7 de outubro. Naquela data a Justiça mandou prender novamente, também com base no mesmo processo, o ex-vice-prefeito de Canoinhas, Renato Pike que, por sinal, ganhou um segundo habeas-corpus também nesta quinta, mas segue preso porque novo mandado foi expedido na terça-feira, 6, a partir de nova denúncia, envolvendo, desta vez, contratos com a Serrana Engenharia, da área de coleta e destinação de lixo.

Linzmeier foi um dos primeiros a ser exonerado pelo prefeito em exercício Willian Godoy (PSD), assim que assumiu a prefeitura com as prisões de Passos e Pike em março passado. Em 20 de abril ele exonerou Linzmeier e mais nove comissionados ligados ao primeiro escalão. No lugar de Linzmeier, foi nomeado o engenheiro civil Luiz Cézar Sakr. Naquela época já havia suspeita de envolvimento de Linzmeier com atos ilícitos.

A colaboração premiada de Diogo Seidel, ex-secretário de Administração do governo Beto Passos, revelou um novo esquema criminoso de corrupção dentro da prefeitura de Canoinhas. Foi a partir desta delação que ocorreu a nona fase da operação, batizada de Maus Caminhos e que culminou na prisão de Linzmeier.

Segundo a colaboração de Seidel, o empresário do setor de asfaltos Crystian Mokva, pagou R$ 120 mil para comprar o cargo que seria ocupado por Linzmeier. Seidel explicou que depois do pedido de exoneração de Rafael Roeder, já no começo de 2020, quando se intensificou a corrupção no governo, Mokva demonstrou interesse em indicar Linzmeier par ao cargo a fim de facilitar as ações ilícitas. O cargo, contudo, era cota do PSD de Passos. Pike contou a Seidel, segundo o ex-secretário, que para que Mokva pudesse indicar Linzmeier, precisaria pagar R$ 120 mil a título de propina para Passos. Mokva teria feito o pagamento e, assim, Linzmeier foi nomeado como indicado pelo PL, partido de Pike. A ideia era que Mokva pudesse fazer o que bem entendia com as obras licitadas para a empresa que ele representava, considerando que Linzmeier fazia vista grossa para as inúmeras irregularidades e atrasos. Como secretário de Planejamento, cabia a Linzmeier fiscalizar a execução de contratos do setor de obras.

Quando da prisão de Linzmeier, na casa dele foram encontradas anotações das obras da Prado & Prado, empresa que Mokva representava. São abreviações, números, valores e menções aos aditivos.

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