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Um balanço da Operação Mensageiro em Três Barras e Major Vieira

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Atualizações e desdobramentos sobre a operação nas duas cidades

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Com as recentes atualizações sobre a Operação Mensageiro e seus desdobramentos em Canoinhas e região, se faz necessário um balanço atualizado sobre tudo o que envolve a investigação, especialmente em relação a tudo o que envolve os investigados que integram ou já integraram – no caso de renúncias ou extinções de mandatos – o poder público municipal de diversas cidades em Santa Catarina.

A operação em si tem como objetivo investigar relações ilegais entre agentes do poder público municipal com o Grupo Serrana, à medida em que já foi verificada, em diversas situações e cidades, a existência de conluios para favorecimento da empresa em fraudes licitatórias. Em contrapartida, tais representantes dos poderes públicos receberiam valores em propina.

SHIMOGUIRI

O prefeito de Três Barras, Luiz Shimoguiri (PSD), se tornou réu na Operação Mensageiro há pouco tempo, na quinta-feira, 24, para ser mais preciso. De qualquer forma a sua prisão preventiva já havia sido decretada muito antes, quando foi deflagrada a 4ª fase da operação.

PRESO PELO GAECO

No dia 27 de abril de 2023, Shimoguiri foi preso por equipes do Gaeco. Desde então, a sua defesa tem tentado reverter a situação de prisão preventiva, sem sucesso. Antes mesmo da decisão do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) em acatar a denúncia contra ele proveniente do Ministério Público (MP), foram mais de três tentativas em conseguir um habeas-corpus.

NÃO VAI SAIR

Em relação ao pedido de habeas-corpus mais recente feito pela defesa de Shimoguiri, no documento da decisão do Supremo Tribunal de Justiça consta o parecer de que, devido a periculosidade de Shimoguiri e a necessidade de interromper ou diminuir a atuação de integrantes da organização criminosa, se faz necessária a fundamentação cautelar e a manutenção da prisão preventiva.

CASA DO SECRETÁRIO E DA MÃE

Segundo informações presentes na denúncia que o MP apresentou ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), Shimoguiri teria utilizado a casa do secretário municipal de obras de Três Barras, Francisco Altamir Farias, para receber o dinheiro da propina em troca de favorecer o Grupo Serrana em processos licitatórios no município. A investigação apontou que a escolha por esse local teria acontecido pelo fato da organização criminosa ter orientado o “mensageiro” para entregar a encomenda – um envelope pardo contendo R$ 30 mil em dinheiro – em um ambiente privado, por já suspeitarem de que estariam sob a mira de uma investigação envolvendo o esquema. Nesta ocasião, Shimoguiri teria usado o carro da Saúde, conforme o JMais já publicou.

Em maio de 2022, de acordo com a investigação do MP, Shimoguiri teria orientado o funcionário da Serrana a deixar o pacote contendo R$ 31 mil em dinheiro na casa de sua mãe, aos cuidados de seu irmão.

O esquema detalhado de como Shimoguiri cobrava e recebia propina também já foi publicado anteriormente pelo JMais.

EDENILSON

O papel do ex-vereador de Três Barras, Edenilson Enguel (PSD), no esquema de corrupção para favorecer o Grupo Serrana na cidade, era justamente o de blindar qualquer discussão ou investigação que pudesse surgir na Câmara de Vereadores relacionada aos contratos de prestação de serviço da empresa no município.

AGORA É RÉU

Na mesma data em que o TJSC acatou a denúncia contra o prefeito Luiz Shimoguiri, também acatou a denúncia contra Edenilson, ele agora é mais um réu na Operação Mensageiro e poderá responder por diversos crimes.

SETE MESES

A investigação do MP aponta que, de acordo com um sócio da Serrana, o ex-vereador teria recebido uma “mesada” no valor de R$ 3 mil por sete meses, acumulando o total de R$ 21 mil em propina.

RENÚNCIA

Dois dias antes do TJSC emitir o parecer sobre acatar ou não a denúncia do MP contra Edenilson, ele assinou a sua carta de renúncia ao mandato de vereador de Três Barras, na terça-feira, 22. A leitura da carta se deu na sessão desta quarta-feira, 23, da Câmara. Quem ocupará seu lugar na Câmara de Vereadores de Três Barras, agora de forma definitiva e até o fim do mandato, será a vereadora Dionice Guimarães (PSD).

ENQUANTO ISSO, EM MAJOR VIEIRA…

No caso de Major Vieira, a informação mais atualizada é de que o ex-prefeito, Adilson Lisczkovski, foi solto na sexta-feira, 25. Ele havia sido preso preventivamente, assim como Shimoguiri e Edenilson, no dia 27 de abril.

MAS POR QUE SAIU?

JMais apurou que Adilson foi solto porque firmou acordo de colaboração premiada com o Ministério Público. Como ele não tinha envolvimento com nada além da Serrana, o acordo firmado previu quatro meses de prisão, o que foi cumprido integralmente neste sábado, 26.

MAS O QUE ELE FEZ?

Adilson é acusado de ter favorecido o Grupo Serrana, também em fraudes licitatórias, no município. No primeiro contato com representantes da Serrana, ele teria solicitado, de acordo com a investigação do MP, o valor indevido de R$ 10 mil por sua contribuição no esquema criminoso.

PODE SER POR CINCO ENTÃO

A investigação do MP aponta que representantes da Serrana teriam debatido sobre o valor proposto por Adilson e, posteriormente, apresentaram a ele a proposta de R$ 5 mil em mesada por sua contribuição com a organização criminosa. Ele aceitou.

MANDATO EXTINTO

O mandato de Adilson como prefeito de Major Vieira foi extinto logo após duas votações na Câmara dos Vereadores da cidade, que votaram por unanimidade pela extinção.

ADMIRAÇÃO E AMIZADE

Quem assumiu a prefeitura oficialmente até o final do mandato foi o então vice e agora prefeito, Edson Schroeder (PT). Durante a solenidade de posse, em entrevista ao JMais, Edson afirmou que sempre terá admiração por Adilson e que seguirá o seu plano de governo pois, além de parceiros na política, são também amigos pessoais.

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