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Transporte escolar volta a apresentar problemas em Canoinhas

Imagem:Arquivo

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Linha do interior está desativada desde sexta-feira; solução virá apenas na próxima sexta

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O transporte escolar da rede municipal de ensino de Canoinhas voltou a apresentar problemas nesta semana. Desta vez, as comunidades de Rio da Areia, Santa Bárbara, Bonetes, Barra Mansa, Fartura, Fartura de Cima, Fartura do Meio, Bonetes, Marcílio Dias, Taunay, Encruzilhada e Rio do Tigre estão sem transporte desde sexa-feira, 5. E a solução virá somente na sexta-feira, 12.

Segundo a Secretaria de Educação de Canoinhas, a empresa Presidente Getúlio desistiu de transportar os alunos porque queria reequilíbrio financeiro. A prefeitura daria o aumento em razão do preço do óleo diesel, mas a empresa não aceitou.

A desistência provocou revolta nos pais dos alunos. Vários reclamaram da situação sob a condição de anonimato.

A Secretaria Municipal de Educação informou nesta terça-feira, 9, que assinou contrato com a empresa de Transporte Escolar Auto Viação Príncipe Vieira do Vale, que passará a operar com o transporte escolar, nas localidades de Rio da Areia, Santa Bárbara e Bonetes a partir desta quarta-feira, 10.

Ainda de acordo com o Município, as demais comunidades – Barra Mansa, Fartura, Fartura de Cima, Fartura do Meio, Bonetes, Marcílio Dias, Taunay, Encruzilhada e Rio do Tigre – serão gerenciadas pela mesma empresa (Transporte Escolar Auto Viação Príncipe Vieira do Vale) mas com a previsão total de operacionalização na sexta-feira, 12. Isso porque a empresa precisa trazer a frota de fora da cidade e contratar os motoristas. “Nossos filhos ficarão uma semana sem aula, é um absurdo”, diz um pai que não quis se identificar.


SITUAÇÃO

O Município vem enfrentando problemas com o transporte escolar desde que a operação Et Pater Filium desmantelou esquema da Transportes Santa Cruz na Secretaria de Educação. Estimulada pelos então prefeito e vice, Beto Passos e Renato Pike, a empresa pagava propina a fim de garantir as melhores linhas do transporte escolar. Assediando e pagando para empresas concorrentes ficarem de fora do certame, a empresa garantia o monopólio, assumindo, também, linhas pouco atraentes pela distância ou condição das estradas. Para compensar e fazer valer a pena o esquema, a empresa inflava os números de quilômetros rodados, superfaturando os contratos. Parte desse dinheiro era paga como propina a Passos e Pike, segundo denúncia do Ministério Público baseado em colaboração premiada dos próprios proprietários da Santa Cruz.

Com a prisão do prefeito, vice e dos proprietários da Santa Cruz, houve um acordo para que a empresa compensasse o Município com algumas linhas, aceitando receber apenas pelos custos diretos. Mesmo podendo, a Santa Cruz não participou das licitações para outras linhas. Ao contrário do modelo que favoreceu a corrupção, as licitações foram feitas por blocos de linhas, o que por não ser muito lucrativo do ponto de vista das empresas, atraiu poucas interessadas, a maioria de fora de Canoinhas.

Desde que esse modelo fatiado foi colocado em prática, várias empresas desistiram das linhas, deixando a Secretaria de Educação em situação delicada.

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