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Renato Pike estava ingressando no ramo imobiliário quando preso, revela MPSC

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Loteamento, em sociedade com outras duas pessoas, já estava à venda

LOTEAMENTO

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Com base nos dados obtidos com a quebra de dados telemáticos, no e-mail utilizado pelo vice-prefeito Renato Pike (PL) há inúmeras trocas de mensagens com diversas pessoas, entre elas advogados ocupantes de cargos públicos em Canoinhas, construtores e arquitetos sobre um investimento em sociedade em um novo empreendimento denominado Bosque dos Ipês, localizado no bairro Tricolim, em Canoinhas. É o que apurou o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) durante as investigações que culminaram nas prisões da sétima fase da Operação Et Pater Filium.

O empreendimento consiste na construção de um condomínio residencial no loteamento. No dia 17 de maio de 2019, segundo o MPSC, Pike recebeu a minuta do que seria uma espécie de “contrato de gaveta” ((contrato particular e informal, não havendo registro no cartório) relacionado ao empreendimento e seus respectivos sócios.

Havia, ainda, dois sócios ocultos, não deixando clara a pessoa jurídica responsável pelo empreendimento.

O Gaeco não conseguiu saber quantos lotes há no loteamento, mas em consulta à imobiliária responsável pela comercialização dos lotes, foi informado de que há “vários lotes no local” a custos que variam de R$ 180 mil a R$ 220 mil. Todos os imóveis seriam regulamentados e passíveis de financiamento.

“Essa ação ostensivamente ilegal demonstra com máxima clareza o menoscabo dos representados, especialmente dos gestores públicos, Beto Passos e Renato Pike, com a moralidade e a justiça. O exposto até aqui, revela que o prefeito e o vice-prefeito de Canoinhas desafiam diariamente a Justiça, vangloriando-se da impunidade publicamente por meio da reiteração de atos criminosos diversos e suscetíveis, causando um rombo de corrupção marcante para história do Município de Canoinhas”, conclui o MPSC.


ESPECIALISTA

Durante a investigação, o MPSC se surpreendeu com o profissionalismo com que Renato Pike agia para esconder o que não queria que se tornasse público. “Indo além, a postura do requerido Pike atinge patamares assustadores de conhecimento de práticas de contra-inteligência. Mister salientar que nos encontros pessoais que participa em que há tratativas não republicanas, o requerido Renato (Pike) adota precauções de um criminoso experiente, determinando imposições como o desligamento e colocação de celulares em lugares visíveis para evitar gravações, valores escritos em papeis descartados e não pronunciados em voz alta para evitar registros dos acertos financeiros corroídos de ilegalidade, e todo um estratagema infesto destinado unicamente a golpear os cidadãos canoinhenses em seus aspectos mais sensível, o patrimônio público.”





REAÇÕES

Ao ser preso, Beto Passos obedeceu calado os policiais que bateram às 6h em ponto do dia 29 de março na sua porta. Apenas abriu a boca para dizer à esposa que nada devia.

Já Renato Pike se revoltou e chegou a afrontar os policiais. No Fórum teria batido na mesa e ameaçado quem estava em volta dele. Na cadeia serenou por um tempo, mas bastou poucos dias de cárcere para aflorar a revolta novamente. Ele tem se recusado a comer o que servem no Presídio de Jaraguá do Sul.


NO FÓRUM

Nenhum dos presos foi algemado. Os investigados permaneceram no salão do júri da Comarca de Canoinhas, com acesso a água, banheiros e salas para conversas reservadas com os respectivos advogados. Pela manhã do fatídico 29 de março foram ouvidos Gustavo de Lima Rocha, Amanda Suchara, Sidnei José Teles, Adoniran José Gurtinski Borba Fernandes, Renato Pike, Marcio Passos e, por fim, o então prefeito Beto Passos.

No período da tarde foram qualificados e entrevistados Diogo Carlos Seidel, Carlos Eduardo Dams, Joziel Dembinski, Nilson Cochask, Rodrigo Dams, Wilson Osmar Dams Junior e Wilson Osmar Dams. Não se entrou no mérito das acusações, contudo. Os detidos apenas puderam falar sobre como foram as prisões e se teria ocorrido algum abuso. Todos estavam com seus respectivos advogados.



TENTATIVA

Beto Passos foi preso quando estava legalmente afastado do cargo de prefeito. Como Passos estava em férias, quem respondia como prefeito era Renato Pike. Esse fato foi usado como argumento pela defesa de Passos para tentar relaxar a prisão, considerando que naquele momento ele não estava prefeito. Não deu certo.



TENTATIVA 2

Nilson Cochask está preso desde 29 de março/Arquivo

Já Nilson Cochask tentou usar sua saúde frágil, mas também não funcionou. “O fato de Nilson sofrer de hipertensão arterial e depressão, para além de não estar comprovado, pode ser acompanhado na Unidade Prisional”, respondeu a Justiça.

OI, TCHAU

Em rápida visita na quarta-feira, 20, a vice-governadora Daniele Reihner esteve em Canoinhas pela primeira e provável última vez no cargo. Filiada ao PL do presidente Bolsonaro, ela agora vai disputar uma vaga na Câmara Federal. Daniele se reuniu com um pequeno grupo de empresários na sede da Associação Empresarial. Brigada com o governador Carlos Moisés, sua visita foi apenas pra jogar conversa fora já que sua influência no governo é zero.

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