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Segurança nas escolas e armamento da população merecem debate que exclua partidarismo

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Coluna deste domingo gerou grande repercussão

UM DEBATE NECESSÁRIO

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Bismarck classificava os povos em três grupos: os inteligentes, que aprendem com a experiência alheia; os medíocres, que aprendem com a própria experiência, e os idiotas, que nunca aprendem.

Roubo a referência de Fernando Schuler, na excelente coluna desta semana na Veja para comentar a minha própria coluna deste domingo. Causou muita repercussão o texto que teve só na primeira hora de veiculação mais de 5 mil acessos.

Excluindo o exército nacional bolsonarista que é acionado sempre que o nome do presidente é citado de lado, houve considerável repercussão local, com muitos demonizando o site, a esquerda e quem mais ousar criticar o armamento da população. Juro que entendo.

Eu não estava em Marte quando vi gente ser assaltada, assassinada e violentada por bandidos armados sem que o cidadão tivesse qualquer chance de defesa. Ainda está na minha memória a cena de um bandido quebrando uma concessionária de carros em frente aos policiais em uma manifestação contra o preço do passe de ônibus. Como havia uma câmera de TV transmitindo ao vivo, os policiais não agiram creio que por medo de represália. Eram outros tempos.

A questão que propus como reflexão foi: armar a população resolve ou pode colocar uma arma de alta letalidade nas mãos de um psicopata? “Não gostar de armas tudo bem!!! É uma opinião que sempre será respeitada. Agora comparar esportistas, pessoas de bem que utilizam armas de fogo com responsabilidade, e são cumpridores das leis, com psicopatas foi longe demais!!!!”, escreveu um internauta, distorcendo o que escrevi, que foi que, comprovadamente há pessoas se passando por CACs, contra os quais nada sei de desabonador, para facilitar a compra de armas para o crime. Recentemente isso foi constatado pela Polícia no Rio de Janeiro. O leitor pode ler esta (clique aqui) e outras matérias a respeito. Controlar melhor a venda seria uma forma de preservar a imagem dos próprios CACs justamente.

“Desde que Bolsonaro assumiu o governo, o número de mortes violentas vem caindo ano após ano. Isso acaba com qualquer narrativa desarmamentista.” Isso é fato, mas será que a polícia, que tem apoio inédito do governo, está agindo mais ou o cidadão é que está fazendo justiça com as próprias mãos? Pode ser também que a bandidagem tem medo do que pode encontrar dentro das propriedades particulares. Não excluo essa possibilidade e a considero um efeito positivo de se facilitar a compra de armas.

“Só para lembrar, marginais sempre terão armas, independente da legalidade. O cidadão de bem que é vítima e deve ter o direito constitucional de defender a si, sua família e seu patrimônio. A questão do Município de Saudades, aquele louco, jogador de Videogame, usou uma espada, poderia ser uma barra de ferro ou qualquer outra coisa, quando o cara quer, ele acha os meios e vai ser assim sempre, quem tiver a receita para impedir um louco, que apresente”. Pois é, fato. Armas de fogo, contudo, são mais letais que facas e, nas mãos de alguém desequilibrado a coisa fica um pouco pior, acredito. Aqui há de se pontuar um erro da coluna deste domingo – apenas maiores de 25 anos podem comprar armas no Brasil. Ademais, o governo facilitou a compra de armas, mas são vários quesitos que precisam ser respeitados ainda, como exame psicológico e certificado de antecedentes conforme aponta reportagem publicada neste domingo aqui no JMais. Como CACs podem comprar até 60 armas, contudo, muita gente está se aproveitando desse dispositivo para adquirir armas de modo legal. Nada de errado nisso não fosse o fato de essas armas poderem ir parar na mão justamente dos bandidos, como citei no parágrafo anterior. Não se trata de acusar os CACs, mas sim de alertá-los para o fato de ter bandido se passando por CAC. Um efeito negativo da facilitação, portanto que, admito, podem ser raras exceções.

Os comentários que separei aqui foram dos poucos com alguma argumentação. A vasta maioria coloca o site como sendo de esquerda e sacrílego por ter invocado o nome de Bolsonaro em vão.

Oras, governos são feitos para serem avaliados e criticados por qualquer cidadão, independente de ele ter uma coluna de opinião em um site como o meu caso ou se ele se manifesta pelo Facebook. Ninguém tem o direito de tentar calá-lo. Discordar sim, com argumentação (desde o estouro da pandemia o JMais exclui comentários ofensivos e que promovem desinformação). A questão das armas é só uma das que são infelizmente polarizadas politicamente no Brasil.

Como editor de um site que tem em Canoinhas e região sua maior audiência, sei muito bem da grande tendência bolsonarista da população e convivo harmoniosamente com esse fato. A democracia me obriga a respeitar, ainda mais como jornalista, todas as correntes políticas, prova disso está nas entrevistas que fiz aqui na coluna nas últimas semanas: vão de Saulo Sabatini e Coronel Armando (bolsonaristas raiz) até Décio Lima (pré-candidato a governador pelo PT) e Nilson Souza (pré-candidato a deputado federal pelo PT). Quem tenta usar um artigo para tacar na minha testa selo de esquerdista (e não teria problema algum em uma democracia se eu fosse) é no mínimo desinformado sobre o que o site publica.

Não simpatizo com governo algum, aprecio ideias e avalio propostas. Gosto de algumas ideias de esquerda e acho justas tantas outras de direita, o que, acredito, me dá o distanciamento necessário para escrever uma coluna de opinião. Penso em como soa absurdo acreditar que este ou aquele governante assume o poder só para destruir um país, um Estado, uma cidade. Para mim há medidas acertadas (veja o Bolsa Família do PT e a reforma previdenciária de Bolsonaro) e erradas (o petrolão de Lula e os pastores do MEC de Bolsonaro), ninguém é tão bom que só mereça elogios, nem tão mal-intencionado que só mereça pedradas.

Dessa discussão, contudo, poucas pessoas tocaram no mais importante, tampouco refutaram a argumentação de que falta segurança nas escolas e não estou falando só de Canoinhas. Se a maioria acha certo armar a população, ok, mas como garantir que um dos armados surte e invada uma escola para atingir as vítimas mais vulneráveis? Exame psicológico?

Alguém já ouviu a clássica frase de parentes e amigos de psicopatas: “Ele era normal, jamais pensaria que faria isso”? Virou até clichê.

Pois é, super liberais com armas, os EUA esfregam exemplos na nossa cara quase que todos os dias. Então podemos concordar que temos uma solução para diminuir a criminalidade, mas esta solução traz alguns efeitos colaterais?

Pois bem, se aprovamos a liberação das armas, como sociedade devemos ser justos e apolíticos na discussão sobre como evitar esses efeitos colaterais.




LOUREIRO

Com o apoio confirmado do PSD para a disputa do governo de Santa Catarina, o ex-prefeito de Florianópolis Gean Loureiro (UB) já definiu os principais pontos para a campanha e começou roteiros pelo Estado. A parceria com os pessedistas impulsionou o projeto de Gean. O PSD vai indicar o vice e deve indicar Raimundo Colombo para a candidatura ao Senado, caso nenhum outro acordo seja feito com mais partidos. Outro ponto a seu favor é que o bolsonarista João Rodrigues aceitou coordenar a campanha.


MDB

A confirmação de que o MDB vai mesmo abrir mão da candidatura própria para o Governo de SC é a primeira grande vitória do governador Carlos Moisés na busca pela reeleição. Uma das mais aguerridas militâncias do Estado agora está do seu lado.


ESQUERDA

Dario Berger e Décio Lima/Divulgação

No PT e demais partidos de esquerda que o acompanham, o nome de Décio Lima para a disputa pelo governo não é consenso. Isso porque Dário Berger (PSB) se juntou à frente de esquerda com vontade de ser candidato a governador.




SEM RESTRIÇÕES

O Governo do Estado disse que não vai decretar novas medidas restritivas por causa do número de casos de síndrome respiratória em Santa Catarina. A informação oficial é de que o Estado investirá na regionalização das medidas sanitárias – isso significa que os municípios terão autonomia para definir sobre regramentos.




OS POLARIZADORES

O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que participará dos debates eleitorais, mas apenas do segundo turno. Ele disse que evitará participar no primeiro turno por acreditar que receberá “pancada” de todos os candidatos em ter tempo para se defender.

Lula também sinaliza em participar dos debates somente no segundo turno (se houver, claro).

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