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Existem duas formas para a empresa realizar seu processo de inovação sem deixar perecer quem sustenta o negócio

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Nunca uma frase foi tão verdadeira para os negócios quanto a que intitula a coluna de hoje. Produtos que anos atrás transmitiam aos seus fabricantes uma alta longevidade, definham mercadologicamente com muita velocidade. Exemplos vão desde os canais de TV aberta ou os refrigerantes. Serviços e comércios tidos como “intocáveis” hoje passam por uma redução drástica, como serviços advocatícios e lojas físicas. O gatilho para esse frenesi foi sem dúvida a pandemia, que acelerou a mudança nos hábitos de consumo.

A questão é que as empresas não podem fazer nada quanto a estas questões, apenas se adaptarem.  O marketing preza por ler os movimentos sociais de consumo e lançar produtos e serviços que atendam a esses movimentos. Dessa forma, empresas de grande porte possuem áreas específicas de P&D (pesquisa e desenvolvimento), responsáveis pelo lançamento de inovações ao mercado. Mas como realizar esse processo, quando a empresa é pequena?

Em uma pequena empresa “todo mundo faz tudo”, ou seja, existem múltiplas funções para o mesmo profissional a fim de preencher o máximo da capacidade produtiva dos mesmos. A partir do momento que a carga de trabalho supera a capacidade, surgem as funções especializadas. Porém, até chegar neste ponto a empresa já ficou para trás. Existem duas formas para a empresa realizar seu processo de inovação sem deixar perecer quem sustenta o negócio, o processo diário:

1) Organizar a agenda: É possível destacar ao profissional (em pequena empresa normalmente é o proprietário) um tempo semanal para trabalhar nas ideias e testes. Esse profissional deve conhecer a operação da empresa, metodologias de desenvolvimento e das tendências de mercado para o setor.

2) Terceirizar o P&D: Quando ninguém possui tempo disponível, ou o responsável não conhece as metodologias de pesquisa e desenvolvimento de produtos e serviços, é possível contratar profissionais terceirizados que realizem tal processo em conjunto com a empresa. Por um período limitado a empresa deverá investir nesse processo até o lançamento do produto, serviço ou melhoria. O terceiro se retira da empresa a partir do momento que o produto ou serviço é lançado.

Se isso é tão importante para a sobrevivência do negócio e sabendo que as empresas de pequeno porte podem realizar tal processo, por que a inovação fica de lado? A resposta está no fator tempo. Inovações normalmente demoram a retornar fluxo de caixa (se transformar em dinheiro). Por demorar e serem incertas, os gestores “jogam” com a certeza, com a segurança do seu negócio. Administram o melhor possível seu processo diário e geram o máximo de caixa até um ponto em que o negócio se torne inviável. Então decide-se por fechá-lo. Por isso muitas vezes empresários de outros tempos comentam: “no meu tempo era bom, dava pra ganhar dinheiro”; ou, “antes a empresa ia bem, agora tá difícil”; “o negócio não dá mais devido ao governo que atrapalha”, esse último comentário tem uma pitada de razão, mas é tema para a outra coluna.

Na economia global, de uma nação ou região, observam-se os chamados ciclos econômicos. Nestes, os fatores de produção e consumo podem levar a economia a crescer ou retrair. Dessa forma, a economia não é uma crescente em linha reta, e sim, uma parábola que oscila em tempos.

Parábola dos ciclos econômicos
Fonte: https://www.suno.com.br/artigos/ciclo-economico/


Na prática significa que independente se sua carreira é muito sólida; ou, que seu negócio esteja em pleno crescimento e bem gerido; ambos sentirão o impacto de alguma crise. Esta chega até nossa economia regional em forma de alta nos preços, escassez de mão de obra, alta nos juros, redução na demanda (queda nas vendas), alta nos impostos ou desemprego.

Ao afetar a carreira ou empresa, esse cenário hostil leva o profissional e empresário (a) a buscarem uma nova fonte de renda ou mudarem seu modelo de negócio! Está ligado diretamente ao senso de “sobrevivência” que os seres humanos possuem. O qual, dentro da pirâmide das necessidades, está na base da mesma. Esse “instinto” faz com que de forma determinada, acelerada e por vezes estabanada, as pessoas mudem de emprego, profissão ou ramo de atuação. Surge então o “Empreendedorismo por Necessidade”. O mais comum no Brasil.

Esse é um fenômeno nacional, não há culpados ou imposições, bom ou ruim. Apenas ocorre como fator de evolução. Com isso, a pessoa ou empresário que passa por esse momento precisa ter calma e fazer essa transição ou mudança de forma mais planejada possível.

Em empresas, a entrada em uma nova atividade merece um estudo prévio conhecido como Plano de Negócios. Ele não é um documento de futurologia, mas oferece bases de marketing, operação e finanças que trazem maior segurança aos cenários que o empresário imaginou para esse novo investimento.

Já para os profissionais empregados que querem empreender, a dica não é tão formal, mas segue a mesma linha. “Não largue tudo e vá em busca de seu sonho de independência”! Se os casos de aventura acompanhada de sucesso fossem tão comuns, não dariam belas reportagens, entrevistas ou biografias. Esses casos são a exceção.

O que você precisa é iniciar. De forma leve e lenta, comece a atuar nessa nova atividade. Mesmo que com poucos recursos e desorganizado. Assim, vai testando o potencial do mercado e suas próprias capacidades pessoais.

Por exemplo, a pessoa é vendedora mas sonha em ter seu foodtruck de hot-dog. O primeiro movimento não é deixar o emprego. E sim, o contrário. Pois é o emprego que financiará o sonho. Faça horários alternativos, sábados e domingos, algumas noites, e vai trabalhando no seu emprego em PARALELO com o novo projeto. Invista pouco, ou pelo menos o que não o deixe endividado ou sem recurso algum. Ao perceber que pode viver só do seu novo negócio, é a hora de se dedicar integralmente.

 “Mas meu deus, assim vou me matar de trabalhar!!!” Em nenhum momento foi escrito aqui que empreender é fácil. A questão é: transforme empreender em uma escolha e não a aceite como uma necessidade!

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