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Entenda como vai funcionar rede de gás que será instalada entre Canoinhas e Rio Negrinho

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Projeto foi apresentado pela SC-Gás nesta semana

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O recente anúncio da SC-Gás sobre a expansão da rede de gás natural para o Planalto Norte catarinense trouxe novas perspectivas para o debate, que iniciou há 15 anos. As tratativas sobre essa expansão passaram por diversos fatores que geraram morosidade ao processo, desde o período da pandemia em 2020, até mesmo desinteresse de mercado e o custo elevado que trouxe indisponibilidade para o projeto em 2022.

Até o dia 30 de abril, a SC-Gás recebe propostas de possíveis investidores. A partir daí, conforme o cronograma apresentado pela companhia, já no segundo semestre de 2024, haverá o início da implantação da rede local. Um levantamento foi realizado com o objetivo de identificar potenciais clientes na região e 69 empresários se mostraram interessados.

Em entrevista ao JMais, o presidente da SC-Gás, Otmar Müller, afirma que a preocupação do governador Jorginho Mello com o desenvolvimento econômico e industrial de regiões do interior do Estado, é um dos motivos para que o projeto tenha avançado.

“Anunciamos recentemente, o valor de R$ 770 milhões como plano de investimento para os próximos cinco anos, no qual o Planalto Norte está contemplado, e o primeiro passo será a instalação da rede na região”, completou Müller.

Conheça as fases desse projeto que deve impulsionar e atrair indústrias para a região:

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FASE 1 – REDE LOCAL

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Ainda que o início da operação esteja previsto para 2025, conforme cronograma apresentado pela SC-Gás, o segundo semestre de 2024 será marcado por alguns processos determinantes. Estão previstos para esse momento, a elaboração de licitação para empresas interessadas na execução das obras e a mobilização para infraestrutura de logística.

Neste primeiro momento, um duto será construído entre pontos estratégicas dos municípios de Canoinhas e Três Barras, ligando dois postos: o posto A ficará em área próxima à West Rock e o posto B, próximo à Cia Canoinhas de Papel, passando também por região próxima a Mili SA.

Para que a fase inicial seja viável, o gás chegará ao posto de Três Barras a partir de transporte realizado por caminhões e o duto entre os municípios fará com que seja distribuído também em Canoinhas. O investimento desta fase em específico será de R$ 23 milhões.

A avaliação do presidente da SC-Gás é de que, nos momentos iniciais, o consumo poderá não ter uma adesão significativa, no entanto, o fato de a infraestrutura ser instalada, facilitará o investimento de novas indústrias, fazendo com que atividades já desenvolvidas na região cresçam ainda mais. “A existência da infraestrutura motiva novos investimentos”, acrescentou.

Segundo o presidente da Agência Reguladora de Serviços Públicos de Santa Catarina (Aresc), José Carlos Granado, o processo de estruturação contemplado na fase inicial é primordial, pois é a partir de uma clientela constituída e desenvolvendo uma rede local, que a segunda fase do projeto poderá ser implementada, uma vez que o investimento será maior. “Aos poucos, à medida que a empresa e o mercado for ampliando, a rede poderá ser trazida efetivamente para a região”, comentou.



FASE 2 – INTERLIGAÇÃO À REDE PRINCIPAL

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Atualmente, a rede principal de fornecimento de gás no Estado de Santa Catarina, chega até o município de Rio Negrinho. A segunda fase do projeto consiste na interligação desta, com a rede que será implementada entre Três Barras e Canoinhas. O duto a ser construído permitirá também fornecimento de gás natural para Mafra e região.

O investimento nesta fase será mais alto: R$ 169 milhões. A previsão da implantação desta rede, que terá 100 quilômetros de extensão, é para o ano de 2027.






PERGUNTAS E RESPOSTAS

O que é o gás natural?

O gás natural é um combustível fóssil normalmente encontrado em camadas profundas do subsolo, associado (dissolvido) ou não ao petróleo. No Brasil, a maior parte da produção é associada ao petróleo. O gás natural é usado como combustível no transporte e nas usinas termoelétricas, bem como fonte de energia em casas, fábricas e estabelecimentos comerciais. Também pode ser convertido em ureia, amônia e outros produtos usados como matéria-prima em diversas indústrias.

Onde ele é usado? Por quem?

A grande consumidora no Brasil é a indústria, que usa 52% do total produzido. Em seguida, com 33%, está o setor de geração elétrica, com as termoelétricas. Depois vem o uso como combustível automotivo (GNV), com 9%. Outros 4% são usados por cogeração de energia, enquanto o uso residencial e o de estabelecimentos comerciais responde, cada um, por apenas 1% do consumo total.

Qual a diferença para o gás de cozinha?

O gás natural que chega à residência dos consumidores é o encanado. O chamado gás de cozinha, vendido em botijões, é de outro tipo: o gás liquefeito de petróleo (GLP). O primeiro é composto principalmente por metano e etano, enquanto o segundo é uma mistura de hidrocarbonetos, entre eles os gases butano e propano.

Como o gás chega ao consumidor?

Depois de extraído, precisa passar por unidades de processamento, onde é transformado em produtos que servirão de combustível ou matéria-prima para a indústria. Ele também pode ser importado de outros países na forma liquefeita, via navios – nesse caso, precisa passar por um processo chamado “regaseificação”. Já tratado, o gás é transportado por gasodutos até as distribuidoras. 


Quem produz gás natural no Brasil?

Além da Petrobrás, o País tem cerca de 30 outras empresas que produzem gás natural. Mas a estatal responde pela grande maioria da produção. 

Quem fica responsável pela distribuição?

Em geral, a distribuição é feita por Estado (em Santa Catarina pela SC-Gás), na maioria por empresas estatais. Além da Petrobrás, que atua no ES, existem outras 26 distribuidoras no País. A Petrobrás, por meio da Gaspetro, tem participação em 19 dessas companhias. 

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