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Adelmo chama propina de “dízimo” e lembra que parceria “é como um casamento”

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Ele prestou depoimento nesta segunda-feira, 5

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CASAMENTO

“Dízimo” foi a palavra nova que surgiu no já riquíssimo vocabulário da Operação Et Pater Filium. Essa é a forma como o ex-prefeito de Bela Vista do Toldo, Adelmo Alberti, se refere a propina que rolava solta entre os réus arrolados na atual fase de depoimentos, que investiga a compra de dois caminhões por parte de Beto Passos que foram colocados no nome do empresário Joziel Dembinski visando fraudar e superfaturar licitações com a prefeitura de Canoinhas.

Esse “dízimo”, nas palavras de Renato Pike, segundo outros delatores, era chamado de “pedágio”. Bom frisar, Pike não é réu nesta fase da operação, que implica somente Beto Passos, Nilson Cochask e Amanda Suchara no âmbito da prefeitura de Canoinhas.

Além da tentativa de se colocar o mínimo possível na cena do crime, Alberti fez uma frase reveladora da forma como se dava o esquema. Lembra que “ninguém pede propina nem oferece propina” e que o termo comumente usado para formar os laços criminosos era “parceria”. E parceiros, sabe como é, “é como um casamento. Se dissesse assine tal documento, assinava”, se referindo a quem servia de fantoche em processos licitatórios para oferecer valores a maior que os de Joziel Dembinski a fim de garantir a vitória do primo de Alberti nas licitações. Nesse contexto, importante frisar a tentativa de Alberti de livrar a cara de Wilson Stelzner, seu aliado de primeira hora, digno de todo o empenho do então prefeito em elegê-lo vereador, em um grupo de sete aliados, entre eles o atual prefeito interino Gilvane Machado.

Outro ponto importante a se destacar é o quanto são falhos os processos licitatórios na visão do ex-prefeito. Se há alguma exigência no edital, por vezes, há gente disposta em ignorar essas exigências.




“Quero refazer minha vida, nem que seja próxima do zero”

de Adelmo Alberti durante depoimento nesta segunda, 5





VOLTA AO ATAQUE

Depois de duas semanas de paz, Juliana Maciel Hoppe (PSDB) voltou a ser estocada com o retorno às atividades dos vereadores, que tiveram uma semana de recesso. O que mais espuma é Osmar Oleskovicz (PSD), que voltou com carga total. Ele criticou, sobretudo, o andamento da Educação. Criticou, ainda, o decreto que estabelece a desvinculação de recursos do município e o corte de adicional de 30% ao salário de servidores comissionados.






EDUCAÇÃO

No caso da Educação a crítica se dá pela falta de pessoal. Os vereadores de oposição dizem que a falta de pessoal “vem causando sérios problemas para o atendimento das demandas de trabalho fazendo com que técnicos de informática e técnicos administrativos sejam obrigados a atender duas escolas ou mais prejudicando o atendimento de nossos alunos e a eficiência dos trabalhos, também a falta de serventes que causa a sobrecarga de serviços, as poucas que ficam na escola não conseguem dar conta do serviço”. Segundo Oleskovicz, a estrutura da pasta está sendo desmontada.




“Se não cuidar das nossas crianças, vai cuidar de quem?”

do vereador Osmar Oleskovicz (PSD) criticando a gestão da Secretaria de Educação de Canoinhas





SAÚDE

Vereadora Tatiane Carvalho (MDB) relatou situações que, para ela, se tornaram insustentáveis na pasta da Saúde. Ela diz que desistiu de tratar com o Executivo das questões que chegam até ela e está encaminhando os casos para o Ministério Público. Oleskovicz aplaudiu.




TRANSPORTE ESCOLAR

O vereador Wilmar Sudoski (PSD) está solicitando informações com relação a contratos e editais, quanto as condições de trabalho e salários ajustados com todos os motoristas, funcionários das empresas vencedoras dos processos licitatórios que realizam transporte escolar de alunos e professores na rede pública municipal, conforme um ofício recebido do Sindicato dos Motoristas de Canoinhas.





OCUPACIONAL

O vereador André Flenik (Podemos) requereu que seja encaminhado ofício à
empresa Preven Med Saúde Ocupacional, responsável técnico pela elaboração dos laudos das condições ambientais do trabalho dos profissionais do poder público municipal. Segundo ele, muitos profissionais perderam seus direitos de insalubridade e periculosidade e, por isso, ele quer saber os critérios usados pela empresa para fazer o trabalho.





PERÍCIA

A falta de perito médico em Canoinhas e a demora das perícias em cidades vizinhas suscitou novo requerimento da vereadora Zenilda Lemos (MDB). “Não me canso desse assunto, enquanto não for resolvido vou continuar questionando”. Ela mandou ofício a deputada federal Caroline de Toni (PL) pedindo providências.





30%

Vereadores Osmar Oleskovicz, Willian Godoy, Wilmar Sudoski e Maurício Zimmermann estão requerendo normativa para que a prefeita Juliana Maciel Hoppe (PSDB) reinstitua o adicional de 30% sobre o salário de servidores com dedicação exclusiva. Ela cortou o benefício recentemente. Curioso que no governo Beto Passos o mesmo benefício foi cortado e nenhum destes vereadores, todos então aliados de Passos, chiou.

Eles falam que os 30% devem ser concedidos “aos servidores que realmente fazem por merecer esse adicional de forma a trazer transparência e mostrar a legitimidade da concessão. Para tanto, que esses benefícios sejam validados pelos conselhos municipais das pastas, no caso de conselhos que os possuem, e para as demais pastas que seja criada uma comissão de servidores municipais efetivos que terão a competência de estudar cada caso e validar esse benefício.” “Só não pode ser dado apenas aos amigos do rei”, disse Oleskovicz, que nunca defendeu normativa a respeito antes.





TENSO

Jorginho Melo durante evento da Acafe/Arquivo

O clima de insatisfação dentro da Acafe com a tramitação do projeto Universidade Gratuita na Assembleia Legislativa só aumenta. Principal beneficiada pela proposta, a entidade que representa as universidades comunitárias de Santa Catarina sugeriu que, caso o texto seja alterado na Assembleia, o governo Jorginho deve retirar o projeto de tramitação.

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