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“Foi um ato simbólico”, diz prefeita sobre jogar livros no lixo

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Ministério Público instaurou notícia de fato para apurar caso

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A prefeita de Canoinhas, Juliana Maciel Hoppe (PL) se pronunciou pela primeira vez desde que o vídeo em que joga dois livros da Mundoteca no lixo viralizou no país todo. Ela concedeu uma entrevista ao programa Cidade Ao Vivo, do JMais, na manhã desta sexta-feira, 19.

“O livro no lixo foi simbólico. O vídeo foi postado na minha página pessoal e não no perfil oficial da prefeitura. Mas mantenho o mesmo posicionamento que aqueles livros, com aquele conteúdo, não são específicos para o lugar onde estavam”, afirmou, lembrando que o espaço é frequentado basicamente por crianças. “Os livros estavam totalmente inapropriados para o espaço”, afirmou ao dizer que vai devolvê-los para a empresa idealizadora da Mundoteca.

“Os livros serão encaminhados aos responsáveis pela criação do projeto da Mundoteca, afinal, conforme ressalta o próprio Governo Federal, a prefeitura tem a autonomia para retirar os títulos do espaço”, já havia anunciado o Município em nota.

O projeto é da FGM Produções, que captou recursos junto a empresas via Lei de Incentivo à Cultura do Governo Federal durante o ano de 2018, na gestão de Jair Bolsonaro. O projeto foi executado entre 2019 e 2023. “Apesar de acessar uma política pública de incentivo, a Mundoteca não é uma ação do Governo Federal”, destacou a Secretaria de Comunicação da Presidência em nota divulgada nesta quinta. A FGM fez parcerias com os Municípios que, oito meses depois da implementação, assumem totalmente a gestão das bibliotecas. O acervo, contudo, foi escolhido pela FGM. Os livros em questão são os títulos Aparelho Sexual e Cia, de Zep e Hélène Bruller, e As melhores do analista de Bagé, de Luís Fernando Veríssimo. O JMais apurou, ainda, que um dos livros da série Heartstopper, livros em quadrinhos que contam a história de um romance homoafetivo, também foi retirado da Mundoteca.

Questionada se é contra educação sexual, a prefeita disse que “educação sexual é uma coisa e aqueles livros ensinam crianças e adolescentes a fazer sexo. Cabe a família decidir quando e se quer abordar esse assunto com seus filhos. Enquanto poder público é nosso dever ter a responsabilidade com as nossas crianças de não colocar esse material ao acesso deles sem que os pais, a família, saibam. Cabe a família essa autonomia”.

Sobre a acusação de politização do assunto, Juliana disse que nas páginas pessoais ela tem direito de tomar suas posições e que uma coisa são suas tendências políticas e outra é o seu papel enquanto gestora que, naquele momento, “foi de proteger nossas crianças”.

Assista à entrevista na íntegra:



APURAÇÃO

A 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Canoinhas da área da Infância, Juventude e Educação instaurou notícia de fato para apurar o descarte dos livros.

A notícia de fato é um primeiro passo para se iniciar uma investigação, que pode, ou não, culminar com a instauração de um processo judicial a que, neste caso, a prefeita deveria responder.

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