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Suspeitos mataram radialista para roubar, aponta Polícia

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Três pessoas foram presas e oito mandados de busca foram cumpridos

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Foram presos no fim da tarde desta quarta-feira, 3, três acusados de envolvimento na morte do radialista Paulo Ricardo Ferreira, de 34 anos, no dia 24 de julho. O corpo de Paulinho, como era conhecido, foi encontrado em uma vala nos fundos do Parque de Exposições Ouro Verde, em Canoinhas, a cerca de oito metros do seu carro, que estava incendiado. Paulinho apresentava sinais de agressão na cabeça. Ao lado havia uma pedra com marcas de sangue.

O JMais conversou com o delegado Darci Nadal Junior, que preside o inquérito e comanda a Divisão de Investigação Criminal (DIC). Ele estava no local das prisões, no bairro Piedade, em Canoinhas, e disse apenas que todos os suspeitos foram presos.

No início desta semana, o delegado regional Eduardo Borges já havia dito ao JMais que a Polícia estava prestes a prender os suspeitos, e pediu a colaboração da imprensa no sentido de não publicar que a Polícia estava próxima de prendê-los, porque isso estaria atrapalhando as investigações. Como forma de colaborar com a Polícia, o site deixou de postar reportagens abordando as investigações.

A princípio, contudo, se trata de um caso de latrocínio, ou seja, matar para roubar.


AÇÃO INTEGRADA

A operação da DIC na tarde desta quarta foi feita em conjunto com a Agência de Inteligência do 3º Batalhão de Polícia Militar (BPM). Foram presos F.S.B, 20 anos, J.V.F.S, 21 anos e T.T.S, 32 anos. A legislação proíbe a Polícia de divulgar nomes de suspeitos.


“Imperioso destacar que a equipe da Divisão de Investigação Criminal de Canoinhas, cuja atribuição é a investigação de fatos criminosos marcados pela vultuosa gravidade e complexidade, esteve no local do crime desde os primeiros momentos da descoberta da prática criminosa, sendo o último órgão da segurança pública a deixar o local, tendo em vista a necessidade de análise detalhada do local dos fatos e suas adjacências, eis que investigações criminais de elevada complexidade são solucionadas a partir de detalhes quase imperceptíveis para pessoas que não tenham intimidade com o procedimento de investigação”, diz nota da DIC divulgada à imprensa.


A complexidade da investigação está diretamente ligada a todas as circunstâncias relacionadas a morte de Paulinho, como, por exemplo, o local onde estava quando encontrou a dupla criminosa, o horário da prática do delito (fator complicador pois praticamente elimina a hipótese de existência de testemunhas presenciais), o local onde foi praticado o crime (afastado e isolado das áreas urbanas, inclusive sem sinal de aparelhos telefônicos), bem como, a ausência de preservação do local do crime, já que quando a Polícia Civil, a Polícia Científica e a Polícia Militar chegaram no Parque de Exposições, o local da prática do crime não estava preservado. Até mesmo a câmera fotográfica da vítima, que poderia conter impressões digitais dos autores ou amostras para comparação genética, já havia sido manuseada, inviabilizando assim a coleta de qualquer elemento informativo a partir de exames no objeto.


Desta forma, após a análise com base na metodologia de investigação policial dos Círculos Concêntricos, foi possível determinar precisamente os locais que a vítima frequentou e, ainda, os trajetos utilizados por Paulinho para deslocamento pela área urbana do Município de Canoinhas na madrugada do dia 24.


Desta maneira, determinou-se o momento exato em que a vítima, ainda na região central da cidade, encontrou os dois criminosos e posteriormente embarcaram em seu veículo sentido Parque de Exposições.


Por meio da análise de câmeras de videomonitoramento e de técnicas de engenharia social, segundo a Polícia, os suspeitos foram identificados e qualificados, razão pela qual inicialmente representou-se ao Poder Judiciário pela expedição de mandados de busca e apreensão. Na casa dos suspeitos foram encontradas as roupas utilizadas pelos dois acusados durante o crime.


Para a Polícia, a motivação do crime é eminentemente patrimonial. “Do ponto de vista investigativo não há qualquer dúvida de que a dupla criminosa estava perambulando pelas ruas da região central de Canoinhas com a finalidade de encontrar uma vítima para o cometimento de roubo. Desta forma, devido a inexistência de qualquer indício, descarta-se a participação de autores intelectuais ou a motivação política para a prática o ato criminoso”, afirma a nota.


VÍDEO
A nota traz detalhes, ainda, da análise de imagens que ajudaram na identificação dos acusados. “Destaque-se que a análise de imagens de videomonitoramento, ao contrário do que fora afirmado nos últimos dias por alguns comunicadores amadores, não é tarefa simples, sendo necessário primeiramente determinar a localização geográfica da vítima para em seguida verificar a existência e a localização de eventuais equipamentos de captação de imagens, para posteriormente requisitar os arquivos, fazer o download das imagens, determinar o horário do crime e, por derradeiro, realizar efetivamente a análise de imagens. Ainda, a análise de imagens exige que conjuntamente utilize-se diversas técnicas de investigação, com o objetivo de que se possa qualificar corretamente a pessoa que aparece nas imagens.”


Utilizando-se técnicas de investigação por meios cibernéticos, a Polícia localizou o telefone roubado da vítima na noite do crime na residência de um terceiro suspeito. Este homem também foi preso temporariamente.


Ao longo da investigação, oito mandados de busca e apreensão foram cumpridos. “Nos próximos dias, a investigação será finalizada e, formalizado o inquérito policial será encaminhado para a análise do Ministério Público e do Poder Judiciário”, finaliza a nota.



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