Segundo ele, os recursos são do Município
O vereador Osmar Oleskoviz (PSD), de Canoinhas, usou a tribuna da Câmara para criticar o projeto de lei que altera o plano de cargos e salários dos servidores da Educação. Ao fim de sua fala, acusou o editor do portal JMais, Edinei Wassoaski, de receber dinheiro da prefeita Juliana Maciel Hoppe (PL) para defender seu governo. Disse que o recurso vem da prefeitura. “O Edinei Wassoaski é pago pela prefeita para fazer campanha pra ela. E o que ele coloca lá é o que ela quer. Não temos espaço.”
Confundindo a fala de um entrevistado com a posição do portal, o vereador disse que “Alguém falou lá no jornal do Edinei Wassoaski, que é pago por ela, e com dinheiro da prefeitura, que nós éramos traidores da educação. Ele fez a campanha dela e continua falando”, se referindo ao espaço usado pelo marido da prefeita, na condição de presidente do Republicanos, Alex Hoppe, na série de entrevistas com os presidentes de partido de Canoinhas. O mesmo espaço foi usado por Osmar, como presidente do PSD. Nenhuma das entrevistas foi editada.
CONTRAPONTO
O portal JMais, de fato, tem um contrato de divulgação de banner com o governo do Município de Canoinhas. Trata-se de propaganda institucional distribuída para todas as emissoras de rádio de Canoinhas. Dos valores pagos a todos os veículos, o menor valor (R$ 1 mil mensais) é pago para o JMais. Este mesmo valor já era pago no governo de Beto Passos. O JMais tem contrato de divulgação de publicidade institucional com a prefeitura de Canoinhas desde o governo de Beto Faria (2013-2016). “Isso, contudo, nunca afetou nossa linha editorial, a exemplo do que acontece hoje”, ressalta o editor do portal, Edinei Wassoaski.
O editor destaca que o que Osmar fez foi um crime e por isso “a difamação usada para tentar atingir a credibilidade de um veículo que há 12 anos se firmou como o principal meio de informação de Canoinhas e região precisa ser tratada como tal”. Dessa forma, Wassoaski vai processar o vereador por difamação. Além de pedir indenização por danos morais, o editor vai requerer que o vereador use a mesma tribuna para se retratar pelo que disse.
“O que Osmar fez é típico de políticos que não se sentem prestigiados por determinado veículo de mídia, porque a realidade que o veículo mostra é o retrato do que ele não gosta nele mesmo, mas é a realidade, infelizmente para ele. Pela lógica do vereador, se o JMais recebia publicidade institucional no governo do Beto Passos, inclusive o mesmo valor, logo deveríamos defender o governo de seu amigo, o que não aconteceu. Além de recusar conceder entrevista ao portal, Beto Passos, pouco antes de ser preso, foi à Rádio Clube para me chamar de mentiroso.”
