Extinção de cargo, renúncias de mandato e posse de nova prefeita marcaram a cidade no mês de agosto
VONTADE DE DEUS
Durante a solenidade de posse da então prefeita interina e atual prefeita de Três Barras, Ana Claudia Quege (PP), a agora chefe do poder Executivo no município comentou sobre a felicidade de estar assumindo o cargo e afirmou que está ali por uma “vontade de Deus”.
SUBSTITUIÇÃO
Ainda que seja uma vontade divina, Ana Claudia Quege (PP) foi empossada como prefeita da cidade logo após o seu antecessor, Luiz Shimoguiri (PSD), ter assinado a sua carta de renúncia nesta segunda-feira, 28. A carta, inclusive, foi lida durante a sessão solene que marcou a posse da atual prefeita.
CONFIANÇA
Nas redes sociais, a publicação do JMais sobre a posse da atual prefeita, ocorrido nesta terça-feira, 29, recebeu diversos comentários positivos e esperançosos pelo trabalho que ela venha a desenvolver durante o restante do mandato, que vai até o final de 2024.
APOIO
Vereadores que estiveram presentes na solenidade de posse de Ana Claudia Quege como prefeita também comentaram sobre a confiança que depositam nela. O presidente da Câmara de Vereadores de Três Barras, Abrahão Mussi (União Brasil), também falou sobre o trabalho da prefeita: “sei o quão ela é capacitada e comprometida, penso que Três Barras está, sim, em boas mãos”, afirmou.
PRESO, MAS PREFEITO
Mesmo preso desde o dia 27 de abril, quando foi deflagrada a quarta fase da Operação Mensageiro, Shimoguiri seguia no cargo de prefeito da cidade. Ana Claudia Quege estava no cargo desde o dia 28 de abril por motivos óbvios: Shimoguiri, preso, não teria como estar à frente do Executivo municipal.
TJSC
Ainda é recente a decisão do Tribunal de Justiça do estado de Santa Catarina (TJSC) em acatar a denúncia contra Shimoguiri proveniente do Ministério Público (MP). O fato ocorreu na quinta-feira, 24. Quatro dias depois, Shimoguiri renunciou ao cargo de prefeito.
EDENILSON
Na mesma data em que o TJSC acatou a denúncia do MP contra Shimoguiri, o tornando réu no âmbito da Operação Mensageiro, o ex-vereador Edenilson Enguel, denunciado assim como Shimoguiri, também se tornou réu.
QUAL É SEU PAPEL?
De acordo com a denúncia do MP, o papel de Edenilson no esquema de propina para favorecer o Grupo Serrana em fraudes licitatórias em Três Barras seria o de blindar qualquer tipo de discussão sobre a contratação da empresa no município, em contrapartida, recebendo propina para isso.
AINDA NA CÂMARA…
Outro tópico que marcou o mês de agosto na esfera política de Três Barras foi a extinção do cargo de controlador interno da Câmara de Vereadores. Coincidentemente, logo após a servidora que ocupava a função ter realizado reiteradas denúncias ao Ministério Público sobre irregularidadades apuradas por ela na gestão.
FALTOU DEMANDA
A justificativa dos vereadores pela extinção do cargo seria a baixa demanda, argumentando que não haveria a necessidade de um servidor concursado ocupar a posição específica para o desenvolvimento desse trabalho, e que um servidor já alocado em outro cargo poderia também executar essa função e receber uma gratificação por isso.
LIGAÇÃO DIRETA
Em entrevista ao JMais, no dia da votação que extinguiu o seu cargo, a servidora que ocupava a posição comentou que, em sua opinião, existiria sim uma ligação direta entre a maioria dos vereadores terem votado para que o cargo deixasse de existir com as denúncias que ela teria realizado ao Ministério Público.
MAS ISSO PODE?
O que acontece é que o cargo de controlador interno da Câmara foi criado a partir de uma lei instituída em 2019. Agora, com o poder de alterar leis, os vereadores de Três Barras, especificamente o presidente da Câmara, Abrahão Mussi, que foi o autor do projeto, alterou a lei de criação do cargo para que fosse extinto.
MAIORIA
A votação aconteceu em sessão extraordinária na Câmara de Três Barras. Seis vereadores votaram favoráveis à extinção do cargo e quatro foram contrários.
VONTADE DE CHORAR
Na ocasião, o JMais esteve presente, mas nossa reportagem só conseguiu entrevistar Laudecir José Gonçalves – o vereador Barriga (PL), que afirmou que o resultado da votação seria uma vergonha e que ele sente, inclusive, vontade de chorar ao perceber que um cargo criado com o objetivo de fiscalizar irregularidades na Câmara foi extinto.
NINGUÉM MAIS
O JMais tentou contato com demais vereadores que votaram favoráveis à extinção do cargo naquela situação mas, mesmo notando a presença da imprensa na Câmara, saíram do plenário e deixaram o local sem se manifestar.
DE VOLTA
A coluna volta ao comando de Edinei Wassoaski a partir de amanhã. Até a próxima!