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Precisamos falar sobre industrialização de Canoinhas

Imagem:Arquivo

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Há anos cidade não recebe uma indústria de grande porte

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FALTA INDÚSTRIA

COLUNA DE DOMINGO Reportagem publicada semana passada aqui no JMais mostra a dimensão da falta de indústrias em Canoinhas. O texto assinado pelo jornalista Alexandre Douvan mostra que em 10 anos, Canoinhas caiu sete posições no ranking do Produto Interno Bruto (PIB) Estadual. O PIB soma de todas as riquezas produzidas em determinado período.

Três Barras, por sua vez, com menos da metade dos habitantes de Canoinhas, viu seu PIB mais que dobrar no mesmo período e saiu do 67º lugar no ranking do Estado para a 46ª posição.

A resposta para o sucesso de Três Barras e a retração econômica de Canoinhas está no mesmo ponto: a industrialização. Enquanto que várias empresas investem e crescem em Três Barras, Canoinhas vive uma estagnação de mais de uma década em termos de empresas de grande porte. Corrigindo, vive uma regressão abismante.

Desde que Leoberto Weinert (MDB) levou a moratória da Aurora em 2007, não se viu nada perto de um investimento daquele vulto se aproximar de Canoinhas. Só pra ficarmos neste século, Weinert foi ludibriado pela Aurora, Eucatex, um frigorífico de marrecos e Mate Leão. Veio Beto Faria e a possibilidade de uma empresa alemão de chicotes automotivos que acabou indo pra Mafra por lobby feito pelo prefeito junto ao governador à época Raimundo Colombo, que levou Wellington Bielecki, então prefeito de Mafra, a tiracolo para a Alemanha negociar a vinda da empresa diretamente e com tradução simultânea. Detalhe: os empresários estiveram em Canoinhas sondando, mas o secretário de Desenvolvimento Econômico à época se perdeu quando pretendia mostrar a área que poderia ser cedida à empresa, deixando os alemães no vácuo. Aí também fica impossível.

Beto Passos veio cheio de esperança de mudar essa saga maculada pela frustração. Até agora, no início do segundo mandato, nada conseguiu. O mais próximo que chegou de algo vultuoso foi a instalação de uma planta da Brasnile, que comprou o espólio da Fuck, cuja falência foi um dos maiores golpes que a economia canoinhense levou em décadas. Aliada ao fechamento da unidade de triagem da Phillip Morris, foi um desastre ainda não sanado porque nada as substituiu, criando um buraco na arrecadação.

Precisamos repensar estratégias, parar com desculpas e dar eficácia à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, historicamente usada para agradar correligionários e com orçamento ridículo.

Um dado é revelador da importância da indústria para Três Barras. No ano passado, o Imposto por Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), pago basicamente pela indústria, representou 47,5% da arrecadação tresbarrense, algo em torno de R$ 42,7 milhões. No mesmo período o retorno de ICMS representou 14% da arrecadação canoinhense. Em valores, pouco mais de R$ 31 milhões.

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