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O que salva Beto e Pike de uma severa sentença?

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Adelmo Alberti se livrou de uma sentença centenária entregando os dois, mas quem a dupla pode delatar?

CÍRCULO FECHANDO

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COLUNA DE DOMINGO Já não é segredo para ninguém que Adelmo Alberti se livrou de amargar décadas na cadeia porque dedurou Beto Passos (PSD) e Renato Pike. Por mais que as sentenças que devem vir contra Alberti ultrapassem os 100 anos, ele não poderá cumprir mais que 12 anos em regime fechado. Aliás, já está solto provisoriamente.

A grande questão agora é: quem Beto e Pike podem entregar para se livrar de ter de cumprir uma sentença severa que, salvo algum elemento surpresa, deve vir?

O Ministério Público tem provas como as viagens de Beto e do irmão a Curitiba para comprar os caminhões que foram colocados em nome de Joziel Dembinski, tem vasto material comprometedor configurado em conversas de WhatsApp e quebra de sigilo bancário, tem ainda a compra de patrimônio incondizente com sua situação econômica, especialmente no caso de Beto, que comprou uma casa de R$ 700 mil e um posto de combustíveis. O mais grave: tudo que Alberti relatou encontra eco nas provas colhidas pelo Ministério Público, ou seja, por mais que as defesas de Beto e Pike tentem desqualificar o delator, é preciso anular as provas que corroboram o que ele diz. Exemplo: Alberti contou todo o périplo de Passos por Curitiba para comprar os caminhões, dá datas e orienta o MP a dar uma olhada no que foi pago naquele mesmo dia pelas prefeituras de Canoinhas e de Bela Vista do Toldo para a empresa de Joziel Dembinski. A checagem mostra que os mesmos valores pagos a Dembinski escoaram para o pagamento dos veículos, mas não só, houve saques generosos das contas de Passos. Isso sem contar as delações dos proprietários do Coletivo Santa Cruz, a admissão do pagamento de propina e os “erros” grosseiros de certificação das quilometragens rodadas que permitiam, até aumentar o perímetro do interior de Canoinhas em 20 quilômetros.

É preciso um verdadeiro contorcionismo jurídico para tentar desqualificar estas provas. Os irmãos Glinski, que assumiram a defesa de Passos, sabem disso. Não à-toa encontraram na colaboração premiada a única chave para tirar Alberti e o ex-secretário de Administração, Diogo Seidel, da cadeia.

São justamente os irmãos Glinski que agora defendem Beto Passos, então, não seria nenhuma surpresa se eles firmassem novo acordo. É aí que entra a pergunta que deixa muita gente inquieta: quem, acima de Beto e Pike, pode ser delatado?

Alberti deu uma pista ao afirmar em sua colaboração (dos trechos que tivemos acesso até o momento) que havia mais Municípios envolvidos ou prontos para entrar no esquema. Mas será que estamos falando só de Municípios? Acordo de colaboração apenas para confirmar o que o MP já sabe de nada vale. Novidades são necessárias para livrar Beto e Pike de uma condenação centenária, considerando o que aconteceu com Orildo Severgnini.

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