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maio

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2024

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O que disse Beto Passos em sua colaboração premiada

Imagem:Arquivo

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Ex-prefeito foi preso em março deste ano na sétima fase da Operação Et Pater Filium

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O ex-prefeito de Canoinhas, Beto Passos, conseguiu liberdade depois de firmar acordo de colaboração premiada com o Ministério Público (MPSC). O JMais teve acesso a parte da colaboração relacionada ao esquema envolvendo o empresário do setor de pavimentações, Chrystian Mokva.

Na colaboração, Passos admite que houve pagamento de propina por parte de Mokva para garantir obras de pavimentação em Canoinhas e que esse pagamento era feito para o ex-vice-prefeito Renato Pike, que, “algumas vezes” repassava parte do valor para ele.

Delator do esquema criminoso envolvendo o transporte escolar, o empresário Miguel Hiera teria dito certa vez a Passos que Mokva estava cansado “das mordidas de Pike”. Passos disse que questionou Pike, que desconversou afirmando que “o Crystian inventa muito história”.

Mesmo assim, Passos confessa que entre 2020 e 2021 recebeu de três a cinco vezes parte da propina paga por Crystian a Pike.

O SECRETÁRIO

Sobre a nomeação de João Linzmeier para a Secretaria de Planejamento, Passos diz que estava relutante, mas que foi convencido por Pike, que lhe prometeu R$ 150 mil pelo cargo. De fato, Passos diz que recebeu R$ 50 mil das mãos de Chrystian, principal interessado na nomeação de Linzmeier que, como integrante do esquema, faria vista grossa para os problemas das obras. Como secretário de Planejamento, cabia a Linzmeier fiscalizar e medir as obras. O processo de medição é o que garante a liberação de pagamentos.

Se o “pedágio” estivesse em dia, Linzmeier acelerava a medição. Do contrário segurava esse procedimento que garantia a liberação do pagamento para Mokva.

A DENÚNCIA

Segundo o MPSC, a organização criminosa investigada nesta nona fase da Operação Et Pater Filium funcionava da seguinte maneira: após os valores serem depositados pelo Município na conta da Prado & Prado, a empresa fazia a transferência do proporcional aos serviços prestados por Chrystian para a conta da empresa SMK, de propriedade do pai de Chrystian, “que foi reativada única e exclusivamente para essa finalidade: movimentações financeiras clandestinas.”

Para pagar a propina, Crystian sacava os valores diretamente na Caixa Econômica ou fazia transferência dos valores em casas lotéricas de modo a sacar a quantia em espécie, na tentativa de embaraçar o caminho do valor legal.

Com o dinheiro em mãos, Crystian entregava a propina conforme o combinado com Pike, apontado como líder do esquema, que posteriormente repartia com os demais integrantes do grupo, especialmente Beto Passos, com quem teria dito Pike, ele dividia a propina “meio a meio”.

De acordo com o ex-secretário de Administração, Diogo Seidel, Pike sempre dizia que a propina seria para Passos.

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