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O jogo de interesses na política brasileira

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O que será dos brasileiros que a partir de 1º de janeiro não terão mais R$ 600 para conseguir manter a família?

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Na última semana pudemos começar a sentir um gostinho mesmo que amargo de como a política brasileira irá se comportar nos próximos meses. Entre tantos acontecimentos vamos focar em alguns em específico que mostram o verdadeiro retrato da democracia política brasileira.

A primeira questão, que já foi pauta da nossa conversa na semana passada, é a PEC Kamicaze, que segundo o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, deverá ser aprovada já na próxima terça-feira. Ela deve literalmente burlar a lei eleitoral, que já esta vigente, para criar um estado de emergência para que assim o Auxilio Brasil passe a ser de R$ 600 e o bolsa caminhoneiro possa existir.

Já debatemos na coluna anterior que, sim, o brasileiro precisa de provimento seguro e eficaz para que a pobreza que está atingindo diretamente milhões deixe de ser tão presente na mesa de todos. Porém, é sempre importante lembrar que não adianta você apenas distribuir mais dinheiro e não construir uma base forte.

Com a aprovação da PEC nesta semana, que deve se prolongar até o fim deste ano, o governo federal que assumir em janeiro de 2023, seja quem for, de Lula a Bolsonaro, terá que conviver diretamente com as contas cada vez mais não fechando. Aqui mora o perigo, a principal situação, o que será dos brasileiros que a partir de 1º de janeiro não terão mais R$ 600 para conseguir manter a família?

Falando em família, entramos diretamente em um segundo ponto, que atinge centenas de milhares: a fome. Na semana passada o Brasil voltou a fazer parte do vergonhoso Mapa da Fome organizado pela Organização das Nações Unidas.

De acordo com os números apresentados, 61 milhões de brasileiros enfrentam hoje alguma dificuldade para se alimentar, destes, 15 milhões passam fome. Pelo levantamento, o Brasil encontra-se muito pior que a média global. São essas pessoas que mais irão sentir quando a cartada eleitoreira de Bolsonaro e companhia deixar de existir em janeiro do próximo ano.

Deixando a questão da fome de lado, mas continuando na questão envolvendo a falta de preparo da gestão econômica do governo de Jair Bolsonaro, nos últimos dias pudemos enfim abastecer nossos carros respirando um pouco mais aliviados. A gasolina depois de chegar a casa dos R$ 8, finalmente baixou.

É um movimento importante a baixa no preço da gasolina. Porém no Brasil de 2022, nem tudo é o que parece. Existem muitos vídeos rolando pela internet dizendo que tudo isso é graças as medidas impostas pelo presidente da República. Mas aí mora o engano.

A queda nos preços é em decorrência da redução do ICMS dos estados. Em uma explicação básica e rápida, é dinheiro que poderia estar entrando nos cofres de Santa Catarina para investimentos em educação, segurança e saúde. A política de paridade internacional imposta no governo de Michel Temer é o que tirou o Brasil de um patamar de gasolina a no máximo R$ 3 durante o governo Dilma, para a situação vivida atualmente.

No final das contas, Bolsonaro está tentando sair como o salvador da pátria, porém são os governadores estaduais que terão menos dinheiro em caixa. Lembrando que em Santa Catarina é dinheiro do Estado que está fazendo com que obras em rodovias federais importantes para o escoamento da nossa produção saiam do papel.

Deixei para o final do texto de hoje um ponto específico e que me chamou a atenção no decorrer dessa semana: os dois atentados que ocorreram nos últimos dias.

Primeiro foi o carro do juiz que mandou prender o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, que foi atingido por uma mistura de ovos, terra e fezes de animais. Em questão de horas, já na noite de quinta-feira durante um evento que reuniu lideranças políticas de centro-esquerda no centro do Rio de Janeiro, entre eles o pré-candidato Luís Inácio Lula da Silva, uma outra “bomba” foi jogada contra os presentes. Dentro dela haviam novamente fezes.

Observando isso, a pergunta que fica é o que aconteceu, que porta foi aberta para que tudo isso acontecesse? A gente sabe desde pequeno que a política brasileira desde sempre foi feita em cima de cartas marcadas, jogos de interesse e algumas acusações. Porém o que vem acontecendo nos últimos dias em conjunto com outras situações como as envolvendo o aborto da menina de 11 anos, nos fazem ficar incrédulos com tudo.

Ainda teremos mais três meses até o primeiro turno, e tudo isso ainda deve se prolongar por todo esse tempo, grande parte de toda a abertura a esses acontecimentos deve ser colocada sim na conta de Bolsonaro e do bolsonarismo.

Encerro a coluna de hoje com um pensamento, nessa mesma semana, só que do outro lado do oceano. Boris Jhonson, primeiro-ministro do Reino Unido, renunciou ao cargo depois de escândalos e também de uma situação política e econômica completamente negativa pós-Brexit. Imagina se fosse Boris que tivesse feito por lá tudo o que está acontecendo por aqui?

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