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Não tem dinheiro para a Educação, mas pode-se criar cargos

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Contradições de Passos mostram que prefeito está perdido em meio à promessas

O PROBLEMA É O DINHEIRO

COLUNA DE DOMINGO Prefeito Beto Passos (PSD) tem na oratória e na retórica seu maior trunfo. Foi com elas que ganhou a vida no rádio e, agora, na política. Porém, contra fatos não há argumentos.

A situação vivida hoje pela Prefeitura de Canoinhas no tocante às contas públicas não é exclusividade do Município. Como diz a música da saudosa Marilia Mendonça, “todo mundo vai sofrer”.

O período de pandemia criou um paradoxo: por trás da tragédia das mortes e infecções, muita coisa parou. Enquanto os Municípios investiram muito dinheiro (federal) no combate ao coronavírus, não precisaram investir em cirurgias eletivas, atendimentos especializados, exames, transporte escolar, limpeza e conservação de escolas e mais um rol de gastos rotineiros suspensos porque o foco estava na pandemia.

O ano de 2022, apesar de cada vez menos parecer ser o do fim da pandemia, começou com quase tudo voltando ao normal. Ninguém mais aguenta adiar a vida por causa da pandemia e, mesmo correndo riscos, todos estão nas ruas e, os próprios Municípios estão seguindo em frente. “Teremos de aprender a conviver com o vírus”, cravou o próprio Passos na Câmara de Vereadores na segunda-feira, 7.

Encarar a volta desses gastos recebendo menos recursos é um desafio e tanto aos gestores públicos. No caso de Canoinhas o drama aumenta considerando o inchaço da folha de pagamento da Educação, a iminência da aplicação dos pisos nacionais da Educação (aumento de 33%) e dos profissionais da enfermagem, que até agora, pasmem, não tinham piso.

É claro que Passos adoraria pagar além do piso a estes profissionais, sempre elogiados por ele. Tanto é que, na inocência, concedeu benefícios tirados por seus antecessores pouco antes de ser obrigado pela Justiça a acrescentar mais R$ 1 milhão nas folhas de pagamento da Educação. O problema é que não tem dinheiro para pagar todas essas contas e o receio é de um colapso.

Esse é o principal motivo para Passos ter fechado a Central Covid. O Governo Federal não vai mais mandar dinheiro para bancar o centro.

Os adultos da sala compreenderiam uma explicação por parte do prefeito, como a feita por seu secretário de Administração, Diogo Seidel ano passado na Câmara. Mas Passos prefere o caminho da tergiversação, do mundo paralelo, no qual fechar postos de Saúde por um mês no pico da pandemia é se compadecer com os servidores da Saúde. Oras, basta estabelecer uma programação de férias em formato de rodízio garantindo o funcionamento dos postos.

Os postos foram fechados, assim como a Central Covid, como medida de economia. Dizer isso com todas as letras para a população seria melhor para ele e para quem contribui. No entanto, o que Passos faz?

Manda mais um projeto antipático aos professores cortando regência de classe. Contradição colossal, manda junto outro projeto criando seis cargos e aumentando salários de comissionados. Para dourar a pílula, extingue uma série de cargos obsoletos há anos. Tudo isso no dia em que a Câmara de Vereadores apreciará o veto à progressão salarial dos professores admitidos em caráter temporário (ACTs). Está cada vez mais difícil defender um governo tão contraditório assim.

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