Como doar para as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul? Veja os canais oficiais

domingo, 16

de

junho

de

2024

ACESSE NO 

Como doar para as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul? Veja os canais oficiais

MPSC entra com recurso para aumentar tempo de pena de autor de feminicídio em Caçador

Últimas Notícias

Jurados acolheram toda a denúncia, mas a pena foi estabelecida dentro do tempo mínimo legal

- Ads -

O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) interpôs um recurso de apelação visando aumentar a pena condenatória de um homem que matou a ex-companheira a pedradas e enterrou o corpo em uma vala. A 4ª Promotoria de Justiça da Comarca de Caçador considerou que 17 anos de reclusão é pouco tempo, levando em conta a culpabilidade do réu, as circunstâncias do crime e as consequências para a família e a sociedade. 

O réu foi julgado pelo Tribunal do Júri na semana passada. Os jurados acolheram integralmente a denúncia do MPSC e o condenaram por homicídio triplamente qualificado (feminicídio, motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima) e ocultação de cadáver, e a Justiça estabeleceu a pena mínima. Então a promotora de Justiça Luciana Leal Musa interpôs o recurso, conforme prevê o Código Penal (o artigo 593, inciso III, alínea c), para tentar aumentar a sentença. 

“Toda vez que um crime acontece a sociedade é abalada, e o papel do Ministério Público é buscar o estabelecimento da justiça. Nesse caso, o réu recebeu a pena mínima legal, o que é pouco, levando em conta a forma como agiu e a brutalidade do crime”, diz a promotora de Justiça. 


RELEMBRE O CASO 

O crime aconteceu em 19 de novembro de 2021 no bairro Bello, em Caçador. Naquela noite, o réu deu várias pedradas na cabeça da ex-mulher em um terreno baldio, causando sua morte por traumatismo cranioencefálico. 

Segundo consta nos autos, o crime foi praticado por ciúmes. O réu atacou a vítima de surpresa após ouvir que ela estava se relacionando com outro homem. Em seguida, ele cavou um buraco no próprio terreno e enterrou o corpo. 

Familiares estranharam a ausência da mulher, comunicaram a polícia, e o corpo foi localizado cinco dias após o crime. A perícia constatou a compatibilidade entre o DNA da vítima e as marcas de sangue encontradas nas pedras. 

Imagens captadas por câmeras de videomonitoramento, depoimentos e materiais coletados no terreno fizeram com que as suspeitas recaíssem sobre o homem, ele permaneceu preso preventivamente até o julgamento. 


 

O JULGAMENTO

Familiares e amigos da vítima acompanharam o a sessão do Tribunal do Júri, clamando por justiça. Alguns deles vestiram camisetas com a foto dela e com a frase “diga não ao feminicídio”. Um dos cinco filhos, Pedro Eduardo dos Santos Fagundes, comentou os fatos. “O réu tirou a vida da pessoa que eu mais amava, e mesmo assim teve um julgamento. Ele passará alguns anos na cadeia e continuará vivendo, mas minha mãe se foi para sempre”, disse ele. 

O genro, Leonardo Coelho Pierdona, lembra dos dias de desespero entre o desaparecimento e a confirmação da morte. “Passamos várias noites acordados, esperando por uma notícia, até que recebemos uma ligação anônima e acionamos a polícia. Infelizmente, as buscas confirmaram que ela estava morta e enterrada, para tristeza de todos nós”, relembrou.  

- Ads -
Olá, gostaria de seguir o JMais no WhatsApp?
JMais no WhatsApp?