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Justiça arquiva denúncia contra primeira dama de Bela Vista do Toldo

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Maria Emília Alberti era acusada de tentar vender um caminhão para financiar vingança contra algoz do marido

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O desembargador Sérgio Rizelo, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), mandou arquivar nesta terça-feira, 9, a pedido do Ministério Público, procedimento investigativo que levou à prisão preventiva da primeira dama de Bela Vista do Toldo, Maria Emilia Schiessl Alberti. Ela foi presa em 25 de agosto, em sua casa em Bela Vista do Toldo. Foram cumpridos um mandado de prisão preventiva contra ela e três de busca e apreensão. Todos os mandados foram requeridos pela Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos do Ministério Público de SC e expedidos pelo TJSC, em razão da conexão desta nova etapa com as demais fases da investigação. Ela foi solta três dias depois sob a condição de usar tornozeleira eletrônica.

Com o fim do sigilo a partes do processo da Operação Et Pater Filium, na semana passada, veio à luz a causa da prisão da primeira dama. O pedido de prisão preventiva mostra que o Ministério Público acreditava que Maria Emilia estaria “arquitetando trama” para causar mal grave ao colaborador Marcelo Kosmala, um dos principais delatores do esquema criado por Alberti conforme mostrou reportagem publicada no sábado, 6, no JMais. O MPSC cita textualmente a suspeita de um suposto atentado contra Kosmala que estaria sendo arquitetado pela primeira dama.

Uma testemunha protegida contou que ouviu um homem conhecido como “Arrepiado” que teria contado que Maria Emilia buscava vender um caminhão para juntar dinheiro a fim de se vingar de Kosmala. “Arrepiado” teria dito a esta testemunha em relação a Kosmala “que o que é dele tá guardado”. Esse cidadão, identificado depois pelo MPSC, negou a versão, mas confirmou que comprou o caminhão.

“Acrescenta, ainda, que há indícios de participação da representada (Maria Emilia) nos delitos de causar impedimento ou embaraço à investigação criminal que envolva organização criminosa, de coação ao curso do processo e de lavagem de dinheiro, e que a liberdade dela representa risco à ordem pública, à ordem econômica e à regularidade da instrução processual (dada a possibilidade concreta de que interfira na produção de prova)”, argumentou o MPSC.

Ainda de acordo com o pedido de prisão preventiva, o caminhão registrado em nome de uma sobrinha da primeira dama, teria sido alienado por Maria Emilia a terceiro, no caso, “Arrepiado”. O veículo seria utilizado pela organização criminosa formada por seu marido, o prefeito Adelmo Alberti (PSL) que segue preso em Caçador. O pagamento pela compra do automóvel teria sido destinado à conta da sobrinha da primeira dama, que teve seu sigilo bancário quebrado. 

O arquivamento do processo se dá antes de o Tribunal de Justiça avaliar a necessidade de se manter as medidas contra ela ou não, marcada para o final do mês.

Segundo os advogados Paulo Henrique e Luis Alfredo Glinski, que defendem Maria Emilia, esta era a única acusação que pesava contra a primeira dama. A defesa já havia negado a participação dela “em qualquer plano que visasse causar mal grave a quem quer que fosse, bem como, não tem nenhuma participação em delitos que estão sendo apurados, conforme será demonstrado no andamento do processo.”

Com o arquivamento não haverá mais nenhuma análise pelo Tribunal no final do mês, “pois o processo encerrou, estando ela livre de todas as medidas a partir de hoje, inclusive com a retirada da tornozeleira eletrônica”, esclarecem os advogados.

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