Magali Oliveira tinha 40 anos e foi morta por Adalberto Plachek Rodrigues na noite desta segunda
O feminicídio ocorrido em Canoinhas no final da noite desta segunda-feira, 2, chocou os moradores dos bairros Industrial 1 e Jardim Esperança que amanheceram com a notícia do assassinato de Magali Oliveira, de 40 anos, morta pelo ex-marido Adalberto Plachek Rodrigues, de 33 anos. Segundo a Polícia Civil, familiares relataram que Rodrigues já havia ameaçado de morte a vítima, dizendo que a mataria e que em seguida cometeria suicídio.
O crime aconteceu na casa da vítima, na Cohab 1, no bairro Industrial 1, próximo ao Posto de Saúde do bairro. A mãe de Magali teria encontrado a filha agonizando antes de falecer. Ela trazia o neto que estava com ela de volta para a casa da filha.
A Polícia Civil informou que foi acionada para comparecer no local do possível homicídio e que imediatamente a equipe da Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Canoinhas se deslocou até o local juntamente com as polícias Militar e Científica.


Segundo o delegado Darci de Nadal Jr, Magali foi encontrada morta em um quarto da residência. “O local estava com diversos vestígios de sangue, em formato de poça, em formato de gotejamento e com diversas pegadas, possivelmente do autor dos fatos, que pisou no sangue e posteriormente saiu da residência e fugiu pela janela”, contou o delegado.

Em seguida, a Polícia foi informada por familiares da vítima que o possível autor dos fatos seria Rodrigues, seu ex-marido. Diante da informação, a equipe do Tático e a equipe da Agência de Inteligência (AI) do 3º Batalhão de Polícia Militar (BPM) foram até a residência de Rodrigues, uma vez que ele já teria ameaçado de morte a vítima, dizendo que a mataria e que em seguida cometeria suicídio.
Chegando na residência do suspeito, os policiais solicitaram a autorização de seus familiares para realizar o arrombamento da porta de seu quarto, e após arrombarem a porta verificaram que o suspeito havia cometido suicídio e deixado no local uma carta de despedida. “O suicídio foi cometido mediante enforcamento. Ele utilizou-se de uma corda presa em uma das vigas de sustentação do telhado da residência para cometer o ato”, disse Nadal.
O crime está sendo tratado pela polícia como feminicídio (artigo 121 do código penal), em razão do homicídio de Magali ter sido cometido em razão de violência doméstica pelo seu ex-marido. O local foi periciado pela Polícia Científica, bem como foi efetuado o recolhimento dos corpos encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) para exame cadavérico.
Ainda segundo o delegado, a causa da morte será definida após o resultado do laudo do local do crime e do laudo de exame cadavérico, realizados pelos peritos da Polícia Científica. “Por meio desses documentos será possível verificar quantos golpes e quais os instrumentos feriram a vítima, bem como qual foi a causa da morte dela”, explicou Nadal.

