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Filho diz que falta hombridade a Orildo Severgnini para assumir seus crimes

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João Pereira de Lima Sobrinho dá versão diferente de Adelmo Alberti para a compra de retroescavadeira

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Marcus Vinicius Severgnini, filho do prefeito de Major Vieira, Orildo Severgnini, afirmou que falta hombridade ao seu pai para assumir os crimes que cometeu. Marcus disse isso enquanto passava por interrogatório e assumia sozinho os crimes de que é acusado de ter cometido em Bela Vista do Toldo e Major Vieira, na tarde desta quinta-feira, 15.

Marcus e seu pai são acusados de fraudar licitações com empresas de fachada para receber o dinheiro dos contratos nunca executados ou realizados de forma incompleta. Orildo, que teve depoimento adiantado ainda para a noite desta quarta-feira, 15, nega que tenha participado desse esquema, já Marcus assume a culpa de forma integral, ressaltando que seu pai deveria ter feito o mesmo nos processos em que é culpado.

Sobre os cheques assinados por Orildo para fazer pagamentos às empresas de fachada em nome da prefeitura, Marcus confessou ter falsificado as assinaturas do pai, que em sua versão sequer saberia da relação do filho com o prefeito de Bela Vista do Toldo.

Marcus afirmou que começou suas relações com o ex-prefeito de Bela Vista do Toldo, Adelmo Alberti, negociando um imóvel que passaria ao nome de Marcus. Como ele não pagou pela compra no período combinado, Alberti o chamou para uma conversa na qual sugeriu que abrisse uma empresa para prestar serviços à prefeitura, mas os serviços seriam prestados de fato pelo maquinário próprio da prefeitura. Na prática, a empresa serviria apenas para emitir notas fiscais.

Como Marcus pleiteava uma vaga para trabalhar na Câmara Federal, não poderia criar uma empresa em seu nome. Desse modo, decidiu abordar um amigo chamado Rodrigo dos Santos para criar uma empresa em seu nome. “Fui mau-caráter com ele, confesso, usei o nome dele sem ele saber o fim”, admitiu Marcus.

Tudo que Santos sabia era que uma empresa foi criada em seu nome, mas não teria sido informado de que se tratava de algo ilícito. O depoimento de Santos, inclusive, durou poucos minutos por não saber detalhes a informar.

Quando a empresa estava criada e Marcus nomeado como seu procurador, firmou o primeiro contrato com a prefeitura de Bela Vista do Toldo. O dinheiro recebido com depósitos da prefeitura era sacado e repassado em mãos a Alberti. Claudinei Ribeiro, o Baixinho, também recebia esses repasses como uma espécie de “office boy” de Alberti, mas apenas em ocasiões expressamente determinadas pelo ex-prefeito de Bela Vista do Toldo.

UM FATO, DUAS VERSÕES

João Pereira de Lima Sobrinho, apontado pela denúncia como sócio de Adelmo Alberti na aquisição de uma retroescavadeira, apresentou versão conflitante com a do ex-prefeito.

Segundo o político, a máquina foi comprada em sociedade com Sobrinho, mas depois passou a ser 100% sua, mesmo que os documentos tenham sido mantidos no nome de Sobrinho. Alberti também afirmou que viajou com Sobrinho e mais uma pessoa para um município do Paraná para avaliar a máquina e fechar a compra.

Entretanto, a versão de Sobrinho é completamente diferente. Em seu interrogatório, ele disse que a retroescavadeira sempre foi apenas sua e que foi sozinho a Dois Vizinhos (PR) para ver a máquina. Alberti entraria na negociação apenas como o autor de um empréstimo de R$ 80 mil para inteirar o valor da aquisição. Entretanto, esse dinheiro teria sido devolvido a Alberti ao longo dos meses de trabalho que sobrinho teve com o maquinário.

Adelmo afirmou que negociou a máquina com Joziel Dembinski, mas por falta de pagamento a tomou de volta. Já Sobrinho afirma que vendeu a retroescavadeira a Dembinski por R$ 170 mil.


MAJOR VIEIRA


Em Major Vieira, o esquema teria acontecido quando Alberti comentou com Marcus sobre a necessidade de pausar as atividades em Bela Vista do Toldo com a possibilidade de surgir uma denúncia feita por alguém chamado “Carlinhos”. O esquema, então, se estende a Major Vieira. Marcus afirmou ter conversado com uma contadora chamada Marenize Brocco (presa na Operação Conta Zerada), que providenciou a documentação para que a empresa fosse habilitada no município.

Questionado pelo Ministério Público (MP) sobre outros contratos da empresa em nome de Rodrigo dos Santos, Marcus disse que não firmou nenhum outro. Porém, ele foi confrontado por um gráfico que mostrava uma série de pagamentos recebidos pela empresa. De acordo com Marcus, tratavam-se de cheques que ele trocava para comerciantes da cidade. O MP aparentou satisfação com a resposta e não fez mais perguntas sobre o tema.



SILÊNCIO NO TRIBUNAL

Joziel Dembinski, Vilson Stelzner, Aristeu da Rocha Tibes e Elenice Koch de Lima optaram pelo silêncio em seus interrogatórios.




FRANCISCO SCHISSEL
A promotoria pediu e o juiz acatou a extinção do processo pela inépcia da denúncia contra Francisco Schissel neste processo específico. De acordo com a promotora do caso, ela deve oferecer nova denúncia contra ele pelas mesmas acusações.

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