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Et Pater Filium: Empresário é solto e somente Pike e Severgnini seguem presos

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Joziel Dembinski foi solto na sexta-feira, 9

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O juiz da Vara Criminal da comarca de Canoinhas, Eduardo Veiga Vidal, mandou soltar o empresário Joziel Dembinski, preso na quarta fase da operação Et Pater Filium. O magistrado revogou a prisão preventiva. Dembinski está usando tornozeleira eletrônica desde a sexta-feira, 9, quando foi solto. “Se as duas pessoas que exerciam os mais altos cargos do Poder Executivo Municipal podem responder soltas ao processo, o réu Joziel Dembinski também pode”, escreveu o juiz, ressalvando que Pike ganhou liberdade provisória nos processos a que responde relacionados à Et Pater Filium, mas foi mantido preso por causa da Operação Mensageiro.

Para ganhar liberdade provisória, Dembinski se comprometeu a não se ausentar da comarca de Canoinhas sem prévia autorização, não acessar as dependências da prefeitura de Canoinhas e de se comunicar com outros réus e testemunhas da operação Et Pater Filium.

O empresário é o fio condutor do esquema descoberto pela Et Pater Filium em Canoinhas e Bela Vista do Toldo, segundo o Ministério Público (MPSC). Preso por duas vezes, ele seria laranja de Adelmo Alberti e Beto Passos (ex-prefeitos de Bela Vista do Toldo e Canoinhas, respectivamente) em esquemas envolvendo aluguel de hora/máquina pela Secretaria de Obras de Bela Vista do Toldo e Canoinhas.

De acordo com o MPSC, Joziel “emprestou o nome” para que veículos fossem adquiridos com verbas públicas e então os lucros das licitações que vencia eram divididos com o então prefeito Beto Passos. O esquema teria iniciado em 2017, primeiro ano da primeira gestão Passos, e teria rendido, pelo menos R$ 410 mil a Passos, baseado na quebra de sigilo bancário que revela que Joziel, nos dias subsequentes ao recebimento de certa quantia paga pela municipalidade, “realizava obstinadamente o saque de tais valores da conta-corrente”.

O esquema desenvolvido pela “organização criminosa”, como define o MPSC, é simples: Joziel vencia uma licitação fraudada para prestar serviços de obras para a prefeitura de Canoinhas. Porém, a verba pública a ele repassada pelo contrato era em parte utilizada para adquirir veículos particulares. Joziel já realizava o esquema em Bela Vista do Toldo e foi indicado a Passos por Alberti em uma reunião na casa do ex-secretário de Obras, Nilson Cochask.

Além de Nilson, são acusados de participar do esquema a servidora responsável por fiscalizar o cumprimento dos contratos, Amanda Suchara, e Márcio Paulo dos Passos, irmão de Beto. Dois veículos foram adquiridos e apreendidos na operação, sendo dois caminhões modelo Ford Cargo. Beto e Nilson foram pessoalmente a Curitiba adquirir os veículos, segundo o MPSC.

Nilson foi retirado do esquema pelos colegas, mas recebeu uma “indenização” de Joziel. Porém, não tardou para que fosse convidado a participar de outro esquema, este sobre o transporte coletivo envolvendo Beto Passos, o vice Renato Pike, e os empresários Renato Dams, Carlos Eduardo Dams, Wilson Dams e seu filho de mesmo nome.

A partir de 2019, Joziel foi ainda mais beneficiado, por ideia de Nilson, segundo o MPSC. Ele teria passado a ser remunerado por transitar com caminhões vazios pelo município, além de contar com frota terceirizada, o que era proibido pelos editais.

Ainda de acordo com o MPSC, Amanda Suchara foi responsável por atestar a capacidade técnica de veículos que sequer existiam, de modo a garantir que a empresa de Joziel estivesse apta à licitação.


SÓ DOIS PRESOS

Com a liberdade provisória de Dembinski, somente Pike e o ex-prefeito de Major Vieira, Orildo Severgnini seguem presos. Ambos já se beneficiaram de habeas-corpus (dois no caso de Pike), mas como tiveram mandado de prisão expedidos em outras fases da operação, foram mantidos presos. De todos os indiciados na Et Pater Filium, somente Severgnini, seu filho e outras cinco pessoas envolvidas na primeira fase da operação, desencadeada em Major Vieira, foram condenados. Todos os demais seguem sem serem julgados.

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