Ou o eleitor compreende as dificuldades de Juliana Maciel, ou está sem alternativa
OPÇÕES
A enquete feita pelo portal JMais com 662 eleitores canoinhenses que responderam a um formulário do Google na semana passada mostra que o eleitor canoinhense, em sua maioria, não tem visto com bons olhos o governo de Juliana Maciel Hoppe (PL). Critica, com razão, a péssima qualidade das estradas (43%) e diz, na sua maioria (47%), que Juliana está se dando mal em todas as áreas.
De modo geral, avaliam o governo Juliana negativamente (40,8%) como um governo péssimo (22,45%) ou ruim (18,37%). Mas como essa avaliação negativa pode colocar Juliana como franco favorita à eleição de outubro?
Juliana tem 26,9% das intenções de voto, mais que o dobro do segundo colocado, Beto Faria, com 12,7%. É uma posição confortável considerando que até agora não surgiu outro nome mais relevante que o de Faria. Norma Pereira, que teria plenas condições de concorrer de igual para igual com Juliana, aparece na nona posição com apenas 4,2% das intenções.
Esse quadro mostra, primeiramente, que Juliana tem um público fiel, girando em torno de um quarto do eleitorado. Não garante uma eleição, mas aí depende dela saber somar com outras forças políticas. Nessa corrida parece que Beto Faria saiu na frente, mas resta saber o quanto seus apoiadores conseguem transferir votos para o emedebista. Importante lembrar do apoio de Leoberto Weinert, que não aparece na enquete porque disse taxativamente que não vai mais disputar nenhum cargo eletivo, mas seu apoio, já declarado a Juliana, conta, e muito.
Na hipótese dessa eleição ficar em dois candidatos (ainda creio que o PT deve lançar alguém para demarcar posição por causa do governo Lula), Juliana e Beto Faria terão de ter muito cuidado na busca por aliados. Saber identificar quem de fato soma e quem só vai trazer problemas. Isso vale especialmente para Juliana, que sai em vantagem, mas não ganha eleições com os votos que tem. Nesse sentido, uma possível profusão de candidaturas a favorece. Talvez seja isso o que o eleitor, quer, mais e novas opções porque, na dúvida, parece pouco disposto a mudar.
DE VOLTA
O juiz à frente dos processos locais da Mensageiro e da operação Et Pater Filium, dr Eduardo Veiga Vidal, retornou ao trabalho nesta semana. Ele passou os últimos dois meses na Espanha cursando um mestrado. A expectativa é de que novas sentenças comecem a ser emitidas nas próximas semanas.
CONTA
A coluna de ontem aumentou de seis para sete o número de secretários de Obras de Juliana Maciel Hoppe. Na verdade, o primeiro nome anunciado por ela, Juliano Pereira, não chegou a assumir o cargo. O engenheiro Alfredo Scultetus ocupou o cargo inicialmente. Com o pedido de demissão dele, Marcos Homer assumiu a vaga interinamente. Depois, veio Amauri Gelbcke, de Itaiópolis, substituído por Gil Baiano, que agora sai de cena para que o atual supervisor da pasta, Leandro Pires, assuma a função.
SANEAMENTO
A Assembleia Legislativa vai promover uma audiência pública para debater a criação da Microrregião de Águas e Esgoto de Santa Catarina (MIRAE-SC) e sua estrutura de governança, que envolve todos os municípios do Estado. A medida está prevista num projeto de lei complementar proposto pelo Poder Executivo, que apresenta um modelo de regionalização da prestação dos serviços de saneamento básico. O texto está em análise na Comissão de Constituição e Justiça do Parlamento.
AGILIDADE
Problemas ocasionados por obras em andamento em diversas rodovias em Santa Catarina ganharam destaque na sessão ordinária da Assembleia Legislativa da manhã desta terça-feira, 2. Deputados usaram a tribuna para relatar dificuldades no tráfego em alguns trechos e cobrar medidas para agilizar a conclusão dos trabalhos.
DEPENDENTES QUÍMICOS
A Assembleia Legislativa realizou uma audiência pública nesta terça-feira, 2, para debater projeto de lei que pretende criar em Santa Catarina o Programa Estadual Saúde sem Drogas. A proposta inclui a possibilidade de internação involuntária de dependentes químicos.
A iniciativa é de autoria do deputado Ivan Naatz (PL). O texto estabelece que a internação terapêutica deverá ter laudo médico e psicológico com as diretrizes de tratamento. No caso da internação involuntária, que ocorre sem o consentimento do dependente químico, poderá ser feita a pedido de familiares, responsáveis legais ou ainda de profissionais que atuam nas áreas da saúde, da assistência social e no Corpo de Bombeiros.
DUPLO
A Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC) informou que abriu um segundo inquérito contra Roberto Salum, ex-diretor do Procon de Santa Catarina. Agora, são duas investigações contra ele em curso. Uma na 1ª Delegacia de Polícia da Capital e outra na Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (DPCAMI) da Capital. Os dois casos envolvem assédio sexual.
