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Em quatro anos, patrimônio de Beto Passos aumentou 488%

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Compra de casa e posto de combustíveis são incompatíveis com rendimentos, diz MP

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O rápido crescimento do patrimônio do prefeito Beto Passos (PSD) chamou a atenção do Ministério Público (MPSC). Com salário de R$ 13,4 mil como prefeito, sua única ocupação, ele conseguiu comprar uma casa no valor de R$ 700 mil e um posto de combustíveis no centro da cidade.

Em 2016, na eleição daquele ano, Passos declarou ter patrimônio de R$ 157, 1 mil. Em quatro anos, esse patrimônio aumentou 488%, chegando a R$ 923,8 mil. “E isso é a propriedade declarada do investigado”, frisa o MPSC na denúncia que, apesar de estar em segredo de Justiça, circula por grupos de WhatsApp. O JMais atestou a autenticidade do documento.

Sobre a casa, a promotoria cita um suposto acordo para, em troca de possível desconto, Passos empregar a vendedora do imóvel. Ela de fato ocupa um cargo comissionado na prefeitura.

Passos adquiriu, em 15 de julho do ano passado, um posto de combustíveis no centro de Canoinhas. De acordo com o prefeito de Bela Vista do Toldo, Adelmo Alberti, o Posto Passos foi utilizado para branquear o dinheiro obtido com os desvios referentes aos procedimentos licitatórios fraudados com a ajuda do empresário Joziel Dembinski, também preso pela segunda vez na operação Et Pater Filium nesta terça-feira, 29.

Segundo o MPSC, Passos recebeu de presente da esposa do seu secretário de Desenvolvimento Econômico, Fabiano Freitas, um Jeep Compass. Karina Cubas é filha de Joselde Cubas Batista, proprietário das Organizações Cubas de Comunicação (OCC), empresa que alugou o imóvel para o qual Passos mudou a Secretaria de Obras recentemente. Na sessão desta segunda-feira, 28, da Câmara de Vereadores, a oposição questionou os critérios para o aluguel.

Segundo o MPSC, o imóvel alugado pela OCC era de Fabiano até 2021. “O imóvel foi transferido para pessoa jurídica para assegurar a possibilidade de contratação como efetuada, dada a restrição que recairia sobre o bem por conta do cargo comissionado ocupado por Fabiano”, diz o MPSC.

“Automóveis avaliados em seis dígitos são doados para assegurar o resultado de um procedimento licitatório, e nem o mais perdulário e economicamente inepto administrador abriria mão dessa quantidade de dinheiro em um negócio de ilegalidade imanente se não fosse obter proveito financeiro compensatório”, diz o MPSC.

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