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Debate mostra acirramento entre Juliana e Godoy; Watzko ficou livre para criticar

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Wilson Pereira também estocou Godoy

ANÁLISE

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COLUNA DE DOMINGO O debate de sexta-feira, 14, na rádio 98 FM, que pode ser assistido na íntegra clicando aqui, colocou os quatro adversários pela primeira vez na condição de candidatos frente a frente. Foi um momento ímpar para o eleitor analisar os concorrentes.

Depois de duas horas em que perguntas e respostas trocadas entre os candidatos imperaram, a sensação que fica é de que a disputa ainda está morna, mas tende a esquentar com o derradeiro debate com plateia, uma semana antes da eleição no próximo domingo, 23, na Casa de Shows Império Music Lounge, promoção do JMais com a Associação Empresarial e Câmara de Dirigentes Lojistas de Canoinhas.

Juliana começou o debate de sexta na ofensiva, instando Godoy a dizer de onde tirou que o Ministério Público o apoia. Godoy, por sua vez, não se deixou intimidar e respondeu no mesmo tom, remexendo no passado. Com Wilson Pereira o clima não estava mais amistoso, mas curiosamente, os embates mais incisivos partiram de Juliana e Wilson contra Godoy. Daí extrai-se o que para os dois seria o adversário a ser abatido. Creio que se é isso mesmo, há um erro de julgamento.

Canoinhas não tem quatro candidatos a prefeito desde 2004. Naquele ano, contudo, havia dois franco favoritos: Leoberto Weinert, que acabou levando 44,3% dos votos; e João Rosa Müller, derrotado com 38,86% dos votos. Didi Ecker ficou com 11,3% e Sérgio Moreira com 5,36%. Esse recorte, contudo, nada diz sobre o cenário atual a não ser a coincidência do número de candidatos. O cenário é muito diverso, a começar pelo fato de ser uma eleição suplementar que vem na esteira de um trauma provocado pela Et Pater Filium.

O eleitor que vai às urnas em 30 de outubro está muito desconfiado e não é de um ou dois dos candidatos. Juliana, como bem lembrou Godoy, já foi do lado de Beto Passos. Ele, não tem como negar, teve Beto como seu padrinho político. Como o debate mostrou, Pereira também precisa responder por falhas do MDB e Andrey Watzko tem o fardo pesado dos escândalos de corrupção do PT.

Falando em Watzko, embora ainda esteja aprendendo a retórica política, em nenhum momento ele foi estocado pelos concorrentes, o que lhe deu folga para criticar sem ser criticado. Falha de seus adversários. Como bem observado na coluna de quinta-feira passada, Lula obteve 28,5% dos votos em Canoinhas. Sem favoritos nesta corrida pela prefeitura de Canoinhas, se ele conseguir captar esses votos, deixa os outros três dividindo os 61% de votos de Jair Bolsonaro.

Ao menos Juliana, Wilson e Godoy mal citaram Bolsonaro no debate. Não porque não queiram se colar ao presidente, muito pelo contrário. O problema é que ao citarem o nome do presidente, correm o risco, justamente, de dividirem os votos que Bolsonaro teve em Canoinhas. É uma sinuca de bico e diante disso, o manual da política ensina que o melhor é tirar o time de campo e partir para outra tática.

A ver como se comportarão os candidatos nas duas decisivas semanas que vem por aí.

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