Eliane Krull se despediu dos colegas afirmando que não consegue lidar “com o caos”

FORA

A crise enfrentada pelo Município na pasta da Educação fez a segunda vítima (a primeira, claro, foram os professores que perderam ou estão prestes a perder direitos). Em comunicado em grupos de professores ontem, a secretária de Educação Eliane Krull se despediu do cargo. Eliane confirmou à coluna ter deixado o cargo, mas não explicou os motivos. No texto ao qual a coluna teve acesso, ela se despede dos colegas afirmando que não consegue mais “lidar com o caos que se instaurou aqui (na Secretaria)”.

Eliane ainda faz menção a “articulações que o cargo nos obriga” que não estaria mais dando conta.

Eliane substituiu Osmar Oleskovicz no cargo depois que ele foi reeleito vereador no ano passado. Como desejava assumir o cargo eletivo, Oleskovicz foi obrigado a renunciar ao cargo de secretário por questões legais. Eliane nunca se mostrou confortável com os problemas que a pasta começou a enfrentar a partir do anúncio de que o Município teria de arcar com um custo extra de R$ 1 milhão para cobrir a folha de pagamento do magistério. A crise se agravou com o anúncio de medidas impopulares como o nivelamento do salário dos ACTs e corte de regência de classe para professores de CEIs e anos iniciais. Em dezembro do ano passado ela já havia pedido demissão, mas foi convencida a ficar. Desta vez, contudo, ela afirma que a decisão é irrevogável.

O Município confirma a saída de Eliane, mas também não explicou os motivos. Afirma, ainda, que não há um substituto para ela. Especula-se que o secretário de Administração Diogo Seidel assumirá a função, mas o Município nega.

ACOMPANHANTE

Vereador Osmar Oleskovicz (PSD) justificou sua ausência da polêmica votação dos direitos dos admitidos em caráter temporário (ACTs) relatando os ministérios pelos quais ele e o prefeito Beto Passos (PSD) passaram em viagem a Brasília. Para ele, a viagem se justifica pelas informações trazidas, como a promessa de retorno do atendimento médico no INSS e informações sobre habitação.

NÓS TAMBÉM

Vereadora Tatiane Carvalho (MDB) não perdeu tempo e, logo na sequência, relatou a viagem que ela e os colegas de oposição fizeram a Florianópolis há duas semanas em busca da reabertura do Hemosc, reforma da SC-477 e médico perito para o INSS. Alfinetou o colega ao frisar que eles viajaram sem uso de diárias, “pagando até o almoço do próprio bolso”. Os quatro se hospedaram na casa de uma tia da vereadora Juliana Maciel (PSDB).

Oleskovicz disse que fez quatro viagens a Florianópolis sem uso de diárias, porém, para Brasília o custo é bem mais alto.

“O cara que corre atrás se paga”

Do vereador Mauricio Zimmermann (PL), defendendo o uso de diárias

ANALISANDO

Secretário do governo Adilson Lisczkovski (Patriotas) em Major Vieira, Sérgio Lezan (Republicanos) estuda lançar candidatura a deputado estadual. Também quem estuda entrar no páreo na disputa pela Câmara Federal é o médico e ex-vereador Saulo Sabatini.

DESPESAS

Apesar de ter devolvido R$ 1,236 milhão para os cofres do Executivo, manter os dez vereadores custou R$ 3,327 milhões aos bolsos dos canoinhense em 2021. Este dinheiro não pode ser investido em obras, por exemplo. Por força de lei precisa ser gasto exclusivamente para manter o funcionamento do prédio da Câmara e, claro, pagamento de salários. O repasse à Câmara corresponde a um percentual da arrecadação municipal.