Trata-se de um regime de coparticipação do Município
MAIS MÉDICOS
O Município de Canoinhas está habilitado para receber sete médicos do programa Mais Médicos, cuja nova versão foi lançada oficialmente pelo Governo Federal na sexta-feira, 14. Há uma vaga disponível com recursos bancados pela União conforme já noticiado pela coluna e, agora, mais sete vagas foram liberadas em regime de coparticipação, ou seja, o Município ajudará a bancar o custo das contratações.
A informação é da secretária de Saúde de Canoinhas, Francieli da Costa Colla. A secretária aproveita para defender a contratação de uma organização social para gerir a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), mais uma medida para incrementar e melhorar o atendimento médico de urgência e emergência na cidade. Ela lembra que o Estudo Técnico Preliminar (ETP) levou meses para construção, pois dependeu de todas as pastas da prefeitura. O primeiro passo foi justamente pedir, e conseguir, autorização da Câmara para contratar OSs.
Assinado em 13 de junho deste ano, a partir do ETP foram construídos os demais instrumentos. O edital lançado em junho é fruto deste estudo.
Francieli destaca que “nunca em Canoinhas tivemos tantos médicos 40 horas na atenção primária. Assumimos com nove médicos e hoje já temos 14 só na rede básica”, afirma.
Todos as equipes, segundo ela, têm médico, inclusive, no Campo d’Água Verde quatro médicos trabalham; na Cohab 1 e Piedade há dois médicos para cada unidade. Nesta semana inicia mais um médico para cobrir férias e atestados na rede “para nunca mais termos equipes sem médico”. Há a intenção de contratar mais um médico para os postos do interior, explica Francieli. “Serão 15 médicos e 13 enfermeiros da atenção primária em tempo integral, sem contar os médicos de 10 horas. Hoje já temos mais médicos na atenção primária que enfermeiros”, destaca. Por isso a importância da equipe que hoje está na UPA. Com a contratação da OS programada para setembro, essas equipes irão para os postos. “Precisamos da equipe da UPA na rede sim para acrescentar aos serviços”, garante Francieli.
Agora, com mais sete profissionais do Mais Médicos “o objetivo é fortalecer as duas estratégias: Urgência e emergência e atenção primária. Um sonho”, confessa a secretária.
ESPECIALISTAS
Segundo Francieli, nada muda em relação ao atendimento dos médicos especialistas. Eles serão todos mantidos, apenas mudando a porta de entrada da UPA para o hospital. “Nada será para menos, toda a proposta é para melhorar”, garante.
A secretária elenca as vantagens da contratação da OS: Mais funcionários para a UPA, possibilidade de ter um pediatra, pois o que atende na maternidade do hospital não pode prestar suporte à UPA, além de maior tempo de farmácia satélite e maior autonomia de gestão que hoje a prefeitura não tem devido a modalidade de contratação que configura o serviço público.
FALANDO NISSO
A falta de um ou mais médicos cardiologistas atuando na saúde pública municipal de Canoinhas traz preocupação e riscos aos pacientes que aguardam por atendimento especializado.
Na sessão ordinária de terça-feira, 11, o vereador o vereador Wilmar Sudoski (PSD) informou que pacientes levados a São Bento Sul por micro-ônibus do município, para a realização de exames cardiológicos, esperam há mais de 30 dias para mostrar o resultado do procedimento ao especialista.
“De que forma serão assistidos?” questiona Sudoski, ao dizer que o parecer médico é essencial para que os pacientes saibam e tenham segurança sobre qual tratamento seguir e medicamento tomar.
Por conta disso, o vereador apresentou requerimento no qual está cobrando, da municipalidade, informações sobre qual caminho a Secretaria de Saúde está indicando aos pacientes.
“Só hoje (terça-feira), duas pessoas que fizeram os exames me procuraram para buscar um caminho. Creio que deve ter mais pessoas na mesma situação”, afirmou.
O documento, aprovado em plenário, terá cópias encaminhadas à prefeita e a secretária de saúde.
INDICAÇÃO
Vereador Wilmar Sudoski (PSD) também ocupou expediente na sessão de terça-feira, 11, para cobrar o fechamento dos “os enormes buracos” em frente ao posto Guapo, que fica na rua Guilherme Prust, no distrito do Campo d’Água Verde.
“Mas enquanto não arrumam, que pelo menos sinalizem aquilo antes que dê coisa errada”, sugeriu ao vereador, ao dizer que a Prefeitura de Canoinhas deveria priorizar os locais mais necessitados ao realizar a operação tapa-buracos na cidade.
“Não sei quem fez, mas faltou visão”, disparou, ao afirmar que a rua Guilherme Prust e a Avenida dos Expedicionários, por contarem com grande fluxo de veículos leves e pesados, deveriam ter recebido a massa asfáltica já nesta primeira fase da operação.
“R$ 100 mil a R$ 200 mil na recuperação dessas vias já resolveria o problema”, finalizou o vereador.
CONVIDADA, FOI
Presidente do Rotary Clube de Canoinhas, Ivan Krauss diz que a prefeita Juliana Maciel Hoppe (PSDB) foi convidada a comparecer a sua posse. Não foi porque não quis.
IMPROCEDENTE
A Procuradoria Regional Eleitoral considera improcedente a ação de investigação judicial eleitoral (AIJE) movida pela coligação Bora Trabalhar (PSD, Patriota e União Brasil) contra o senador Jorge Seif (PL). A manifestação do Ministério Público antecede o julgamento do caso pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SC), que pode ocorrer ainda este mês. Se ele tiver o mandato cassado, uma nova eleição para senador será marcada.
A ação envolve suposto abuso de poder econômico, com base em três alegações: uso de helicóptero supostamente emprestado para participação de eventos de campanha, uso da estrutura da Havan para promoção de Seif e financiamento de propaganda eleitoral.
VOLTOU ATRÁS
Uma medida tomada pelo secretário de Estado da Administração Prisional, Edenilson Schelbauer (foto), levantou mais suspeitas sobre a aquisição de uniformes de inverno para presidiário. Conforme a coluna trouxe na sexta, a SAP realizou a compra junto a uma empresa de Mafra, onde o secretário mora e foi vereador, com dispensa de licitação. Detalhe: a empresa apresentou o segundo menor valor, mas, sob a justificativa de celeridade, foi escolhida para fabricar os uniformes, a um custo total para o Estado de R$ 5,6 milhões. O valor chamou a atenção, já que se mostra incompatível com o tamanho da empresa, que apresenta um capital social de R$ 50 mil. Não foi exigido nenhum atestado de capacidade técnica que garanta a produção.
O fato é que, após a polêmica gerada pela fala do deputado estadual Matheus Cadorin (Novo) e pela divulgação dos detalhes da compra pela imprensa, Schelbauer suspendeu o contrato que já tinha assinado, com dispensa de licitação. Quando soube que o assunto iria vazar, o secretário chegou a fazer um movimento na segunda-feira, 10, chamando a empresa para uma reunião no dia seguinte, para discutir os procedimentos adotados para a compra. No e-mail, o secretário solicita a suspensão da produção dos uniformes.
Após toda a repercussão, ainda na sexta, o contrato foi cancelado.
