Até o momento já são oito mortes no Estado em decorrência da doença
O avanço da dengue em Santa Catarina já se tornou uma preocupação para diversos municípios. Conforme informações divulgadas pela Secretaria de Estado da Saúde nesta semana, já são oito óbitos em decorrência da doença, sendo cinco em Joinville, um em São Francisco do Sul, um Araquari e um em Itajaí. Outras três mortes ainda seguem em investigação nos municípios de Itapiranga, Itapoá e Penha.
Em Canoinhas, já são quatro casos confirmados, de acordo com informações atualizadas do Ambulatório Municipal de Epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde, todos são importados, isto é, pessoas que viajaram e contraíram a doença em outras localidades que não no próprio município.
Há ainda outros quatro casos suspeitos que seguem em observação, aguardando resultados de exames, sendo três situações suspeitas de dengue e uma para Chikungunya.
Em entrevista recente ao JMais, a bióloga do Ambulatório Municipal de Epidemiologia, Cristina Grosskopf, afirmou que ainda não foram encontrados focos do mosquito transmissor da doença em Canoinhas, mas reforça que o estado atual do município é de alerta. “Nós estamos passando por uma epidemia e precisamos pensar em como prevenir e remedir toda essa situação”, comentou.
A bióloga ainda ressaltou que o fato de haver pessoas infectadas no município é um sinal de alerta, pois o mosquito transmissor da doença pode picar uma pessoa já doente, se infectar, e transmitir o vírus para outras pessoas.
SINTOMAS
Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta, de início abrupto, que geralmente dura de dois a sete dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, além de prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele.
A recomendação é para que as pessoas que apresentem sintomas como esses, procurem auxílio médico imediatamente e evitem a automedicação sem acompanhamento, uma vez que determinados medicamentos podem agravar determinados sintomas a ponto de serem fatais.
PREVENÇÃO
A Secretaria de Saúde de Canoinhas mantém a vigilância em 161 armadilhas e 55 pontos estratégicos para o Aedes aegypti. “Estamos trabalhando no monitoramento e eliminação dos criadouros, mas cada um precisa fazer a sua parte descartando corretamente o lixo, vedar caixas d’água, limpar calhas e lajes, são alguns exemplos”, alerta Cristina.
A melhor maneira de prevenção às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti continua sendo eliminar locais com água parada:
- Evite que a água da chuva fique depositada e acumulada em recipientes como pneus, tampas de garrafas, latas e copos;
- Não acumule materiais descartáveis desnecessários e sem uso em terrenos baldios e pátios;
- Trate adequadamente a piscina com cloro. Se ela não estiver em uso, esvazie-a completamente sem deixar poças de água;
- Manter lagos e tanques limpos ou criar peixes que se alimentem de larvas;
- Lave com escova e sabão as vasilhas de água e comida de seus animais de estimação pelo menos uma vez por semana;
- Coloque areia nos pratinhos de plantas e remova duas vezes na semana a água acumulada em folhas de plantas;
- Mantenha as lixeiras tampadas, não acumule lixo/entulhos e guarde os pneus em lugar seco e coberto.
VACINAÇÃO
Conforme informações divulgadas pelo Ministério da Saúde (MS) recentemente, Santa Catarina não vai receber doses da vacina contra a dengue nesta primeira remessa, devido à quantidade limitada de imunizantes disponíveis. Não há previsão de quando as doses chegam ao estado.
De acordo com a Nota Técnica do MS, “a distribuição das doses nos municípios foi determinada com base em três critérios principais: o ranqueamento das regiões de saúde e municípios, o quantitativo necessário de doses para a população-alvo conforme a disponibilidade (prevista pelo fabricante) e o cálculo do total de doses a serem entregues em uma única remessa ao município”.
