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Apesar da corrupção e de uma pandemia, Canoinhas evoluiu na última década

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Esta é uma coluna de opinião. Aqui você vai encontrar notas sobre bastidores da política regional e estadual, além de artigos que expressam a opinião do colunista.

Dados do Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal mostram isso

EVOLUÇÃO

COLUNA DE DOMINGO De acordo com estatísticas divulgadas recentemente pelo Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) 2025, apurado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro desde 2008 com base em dados oficiais, Canoinhas apresentou melhora na geração de emprego e na área da Saúde entre os anos de 2013 e 2023. Dentre os 5.500 municípios brasileiros avaliados, Canoinhas está na 263ª posição do ranking. Em Santa Catarina, o município ocupa a 35ª posição.

Os dados de desenvolvimento foram esmiuçados em reportagem de Leonardo Carriel publicada aqui no site na semana passada. Dados que fornecem material para muitas reflexões.

Apesar de uma crise moral, ética e de saúde pública, praticamente misturada, Canoinhas sobreviveu e evoluiu. Entre 2019 e 2022 tivemos o advento de uma pandemia e da descoberta de um amplo esquema de corrupção no poder público. Os dados, talvez, mostrem que dependemos menos do poder público do que achamos.

Por poucos décimos, nosso Índice Geral, em 0,6734 em 2013, não chegou ao alto nível, alcançando 0,7792 em 2023 (a partir de 0,8 passa a ser considerado alto). Em se tratando de emprego e renda estamos no alto nível, com praticamente pleno emprego (quando menos de 3% da população está desempregada). Estes dados são perceptíveis no Serviço Nacional do Emprego (Sine), que intermedia a relação entre empresas e candidatos a empregos. Aliás, há empresas que usam todos os meios possíveis de comunicação para divulgar vagas, muitas vezes sem sucesso. Pode-se questionar condições de trabalho, salubridade e salário digno, mas o fato é que emprego não falta em Canoinhas. Se são bons empregos suscita outra discussão.

Nossos níveis de qualidade de saúde saíram de índices considerados baixos para moderados. Não é pouca coisa diante de um índice bem restrito.

Saúde é um setor em que sempre haverá reclamações. O dinheiro vem, mas as demandas são muitas e caras. Nenhuma administração pública escapa das críticas. Contudo, a ampliação de equipes de saúde da família, melhorias na Unidade de Pronto Atendimento como a recente inclusão de um pediatra e a inauguração de novas unidades básicas fazem jus a esta avaliação.

O índice, muito respeitado nacionalmente, abarca desde o governo Beto Faria, os dois governos Beto Passos e o primeiro ano do primeiro governo de Juliana Maciel. Logo, não é construção de uma só administração, mas uma construção coletiva. O crescimento escalonou com a contribuição de cada governo.

Creio que a geração de emprego seja uma condição direta do esforço do empresariado local, principalmente comerciantes, que acreditam e investem na cidade. Já a saúde é uma consequência direta de decisões dos prefeitos, mas tem muito a ver com políticas públicas federais, como é o caso do imprescindível Equipes de Saúde da Família, que consegue a façanha de prever o sobrecarregamento do SUS ao acompanhar, orientar e prevenir a comunidade ao redor do posto de saúde. Lá no passado, Canoinhas chegou a praticamente ficar sem este programa por causa da criação de equipes fantasma. Leoberto Weinert, enquanto prefeito, pagou a conta amarga da corrupção cometida no governo anterior. Toda a população pagou junta, já que Canoinhas foi punida com a redução de equipes. Hoje são 20 equipes. Ou seja, a melhoria nos índices de Saúde estão diretamente ligadas ao crescimento destas equipes, entre outros fatores.