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Primeiro dia de depoimentos teve defesa de Pike tentando amenizar situação, Beto ao lado de Mokva e depoimento contraditório

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Advogado e policial se estranharam em determinado momento

PRIMEIRO DIA

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O primeiro dia de depoimentos dos réus, delatores e testemunhas da fase Canoinhas da Operação Et Pater Filium, focado somente nos contratos da Prado & Prado para pavimentação de ruas de Canoinhas, foi bastante morno, considerando que todos os depoentes, com exceção de um, eram policiais que trabalharam na operação. Como seus relatórios já vieram a público, pouco eles acrescentaram para além do que relataram na denúncia. Por óbvio, não poderia ser diferente. Isso, aliás, dá crédito a investigação, mostrando coerência entre os depoimentos dos policiais ouvidos. Em síntese, todos foram claros em apontar Renato Pike como o grande articulador do lado “público” da organização enquanto Chrystian Mokva era o articulador do lado privado da coisa toda.

Pedágio era o nome dado por Pike a propina de pelo menos 8% do custo total das obras que deveria ser pago por Mokva para garantir a vitória nos processos licitatórios. Um dos policiais disse uma frase célebre para definir Mokva no esquema: “O problema era que o Mokva tinha fama de ser mau pagador… de propina”. Isso teria resultado em mal-estar entre os dois, antes amigos inseparáveis.

A defesa de Pike se mostrou muito minuciosa, repetindo perguntas e buscando brechas nos depoimentos. Ao ouvir que Pike recebia a propina diretamente do empreiteiro, questionou o cunho de “organização criminosa” dado ao esquema: “Um membro da organização corrompendo um membro da mesma organização? Ele cobrava propina da própria organização?”

A defesa do ex-vice-prefeito ainda tenta insistir na tese de crime eleitoral por meio de caixa 2 de campanha.






PROVA

Uma das provas pedidas pela defesa de Pike, sobre a autenticidade da gravação de uma conversa dele com Mokva só não foi possível porque o próprio Pike se recusou a gravar sua voz para ser feita a comparação.





PRESENÇA

João Linzmeier participou da audiência no plenário. No primeiro intervalo pediu para assistir de uma sala, por videoconferência. Não se sabe o porquê, mas a presença de Beto Passos e Chrystian Mokva na plateia pode ser indício de algo.





O CONTROLADOR

Pike, segundo a investigação, teria feito de tudo para controlar a situação com Mokva. Para tanto, dizia a Beto para não se aproximar de Mokva porque poderia ser gravado. A Mokva dizia que Beto não gostava dele. Dessa forma, ele manobrava a situação, sempre dando parte da propina para Passos. O então prefeito teria dito, de fato, que “onde está o Chrystian tem propina”.






MEMÓRIA SELETIVA

O pai de Chrystian, Sérgio Mokva, depôs como informante e se contradisse diversas vezes ao tentar convencer de que nada tinha a ver com o esquema, apesar de admitir que entregou envelopes com dinheiro, a pedido do filho, para Pike e Diogo Seidel. As contradições irritaram o juiz Eduardo Veiga Vidal que, pela primeira vez na tarde, fez perguntas, a fim de deixar claras as respostas evasivas do informante.




POR VIA DAS DÚVIDAS

Ao fim do depoimento, Sérgio embarcou em um carro com segurança armada.





O VALOR

Questionado pelo juiz sobre quanto seria um valor mínimo a se pagar de propina, Sérgio Mokva disse que R$ 40 mil ou R$ 50 mil. Isso quer dizer que o que ele viu nos envelopes que entregou aos corrompidos ia bem além disso, ao ponto de ele advertir o filho.







TENSO

O defensor de Linzmeier se desentendeu com um policial que testemunhava e o juiz que preside a audiência teve de intervir a pedido da testemunha. “Não costumo gostar dessas alfinetadas”, disse. O magistrado pediu que ambos aguardassem a conclusão de uma pergunta ou resposta para falar considerando que as testemunhas estavam falando por videoconferência.






SEGUNDO DIA

Nesta terça-feira, 30, serão concluídos os depoimentos da Maus Caminhos pela manhã. À tarde começam os depoimentos sobre os contratos com o Transportes Santa Cruz para o transporte escolar. Estão na lista de depoentes o ex-prefeito Beto Faria, já que Diogo Seidel disse que o esquema de pagamento de propina vinha do seu governo. O delator Miguelangelo Hiera e os réus Wilson e Rodrigo Dams também depõem nesta terça.

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