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sábado, 15

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Vá com o psicológico preparado ver Bebê Rena

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Minissérie da Netflix choca e faz refletir

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Os amantes da TV piraram nas últimas semanas vendo Bebê Rena, minissérie que chegou bem despretensiosa na grade da Netflix e causou furor. Não, não é por cenas de nudez como a bunda que apareceu no show da Madonna. Bebê Rena é bem mais complexa.

A minissérie começa mostrando um barman que entra em uma delegacia para denunciar uma stalker (termo recente, criado para definir pessoas que ficam obcecadas e passam a perseguir alvos específicos) que o estaria incomodando há seis meses.

“Por que esperou tanto tempo?”, questiona o policial (e a gente também).

A resposta a essa pergunta é respondida ao longo dos sete enxutíssimos episódios.

O barman é Richard Gadd, que curiosamente adaptou a própria história que, inclusive, protagoniza, ou seja, todas as dores e delícias de ser Richard Gadd são revividas por ele mesmo. Sem querer dar spoiler, ele é muito corajoso porque nada do que é reproduzido na tela (com poucas exceções) é facilmente digerível. Donny Dunn, o nome artístico que Richard Gadd usa – ele sonha em ser comediante – se envolve com Martha (Jessica Gunning), uma mulher vulnerável que está passando por terríveis problemas mentais. Esse rápido e distorcido relacionamento acaba seguindo para uma estranha obsessão, que impacta a vida dos dois e encurrala Donny a enfrentar um trauma profundo e sombrio de sua vida. Dizer mais que isso é estragar os momentos em que a série nos surpreende. E não são poucos.

Esta é uma história daquelas que tomam rumos inesperados, fogem longe dos clichês e são humanas, demasiadamente humanas, o que lhes dá ainda valor maior.

O medo de perder amizades aparentemente espontâneas, mas incômodas, o medo de ser excluído porque disse não, a intrigante atração por fazer coisas sobre as quais não estamos confortáveis, mas nem nós mesmos sabemos dizer porque estamos naquela situação.

São pontos que dão a dimensão do que é Bebê Rena. Junto a Ripley, da qual falarei na próxima coluna, creio serem as duas melhores estreias do ano até aqui.

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