União surpreendente cria ótima ponte entre levas de episódios
RUMO AO FIM
A Hulu bateu o martelo a a sexta temporada de The Handmaid’s Tale será a última da série que provocou frisson no mundo quando estreou em 2017. À medida que o governo Trump triunfou nos Estados Unidos, a grotesca possibilidade de tudo o que a série mostra se tornar realidade despertou o interesse de mais gente pela história de um país, os Estados Unidos, transformado em uma teocracia a partir de uma suposta revolução, não retratada abertamente.
É do caos que se transforma o país que torna June Osborne (Elisabeth Moss) e várias outras mulheres férteis em aias, a serviço dos poderosos generais e apaniguados. A revolução nasce de uma crise de fecundidade no mundo – a maioria das mulheres se torna estéril. As mulheres fecundas sofrem estupros ritualistas para gerar filhos e June é entregue ao comandante Fred Waterford (Joseph Fiennes) para aceitar seu único proposito biológico: procriar; usando o nome “Offred” (“De Fred”).
Na quinta temporada, recém-encerrada, June convive com as consequências de ter organizado o linchamento de seu principal algoz. Sua vingança, contudo, não está completa, e ela quer ver o sangue de Serena, a viúva de Fred, agora grávida.
A reviravolta na vida de Serena coincide com os muitos problemas que June começa a enfrentar em um Canadá cada vez mais hostil com os refugiados americanos. O modo como a temporada – um pouco lenta demais nos primeiros episódios – ganha tração, evolui para uma possível união surpreendente. Fica claro o bem articulado encaminhamento para a sexta e última temporada que já está sendo gravada.
Vem aí um final épico, ao que tudo indica. A quinta temporada não decepcionou.
