Jodie Foster torna história ainda mais instigante
A, como dizer, “grife” True Detective produziu, via de regra, coisa muito boa. Lançada há mais de 10 anos, como minissérie, a primeira temporada foi festejada pela crítica pelo público. A segunda foi digna de vergonha alheia. Mas aí veio Mahershala Ali e a terceira temporada recuperou o prestígio perdido.
Cinco anos depois, eis que nada mais nada menos que Jodie Foster é escalada para reativar a marca. E deu muito certo. True Detective – Terra Noturna já pode ser colocada no status de o melhor que surgiu na TV até o momento em 2024. Instigante do início ao fim e com seis episódios enxutíssimos, a nova leva está disponível no Max (aplicativo que resultou da fusão entre HBO Max e Discovery).
Desta vez, a história acontece em uma cidadezinha do Alasca. Em pleno natal, inicia a sombria fase dos 15 dias que viram noites. Com uma nevasca infernal, o sol desaparece e diferenciar quando é dia e quando é noite é só olhando no relógio mesmo.
É neste cenário que um grupo de pesquisadores desaparece. Pouco depois todos são encontrados nus congelados e com o horror estampado em suas caras. Quem teria cometido crime tão horrendo? Teria sido um surto coletivo?
O misticismo, característica das temporadas anteriores, se faz presente às vezes sutilmente, às vezes explicitamente, mas sem cair no apelo barato. É justamente essa característica que move a história e nos faz ansiar pelo próximo episódio (vi um por semana conforme a HBO disponibilizou).
Mas é o talento irrepreensível de Jodie Foster (a maturidade a tornou ainda melhor) que hipnotiza. Como a ranzinza Denvers, Jodie humaniza a história que se choca com todos os elementos fantásticos que ela tem. Destaque também para sua companheira de investigação, Kali Reis, que interpreta a misteriosa Navarro. A relação das duas é um dos tantos atrativos da história.
